Falar de inteligência artificial em 2024 pode parecer trivial, mas a BridgeWise tem propriedade no assunto. Quando a plataforma israelense foi fundada, em 2019, o ChatGPT era apenas um projeto e a recomendação de ações por robôs parecia ainda futurista. Agora, a companhia acaba de levantar US$ 21 milhões numa rodada liderada pela SIX Group, companh
“Há um ano, numa reunião de conselho, decidimos que não vamos mais esperar que as outras tecnologias nos alcancem. Vamos manter a liderança globalmente. Decidimos criar uma divisão inteira de desenvolvimento de IA e novas tecnologias”, diz Gaby Diamant, fundador e CEO da BridgeWise, numa missão um tanto complexa diante de concorrentes gigantescos de infraestrutura.
Programador desde os 15 anos e ex-diretor de finanças das Forças Armadas de Israel, o fundador diz que o algoritmo da BridgeWise, treinado única e exclusivamente por fontes de dados proprietárias, não “alucina” – quer dizer, não inventa informações – e também emite opiniões.
“Se eu perguntar ao ChatGPT se devo comprar ou vender ações da Tesla, ele não vai me dar uma resposta. Vai dizer que não pode compartilhar uma opinião”, diz o CEO. Além disso, a perda linguística do inglês para outras línguas é virtualmente zero, garante. Atualmente a plataforma emite relatórios e conversa em 22 idiomas. Até 2025, a IA deve atender a 35 línguas.
Com base em análise fundamentalista, o robô da BridgeWise emite relatórios semelhantes aos dos principais bancos de investimento recomendando compra, venda ou posição neutra para 90% das ações e fundos listados no mundo inteiro. Além disso, a Bridget responde aos usuários por meio de um chat, para tirar dúvidas.
Hoje, a startup atende cerca de 50 clientes institucionais em 15 países, tendo escritórios e presença física de executivos em oito países, incluindo o Brasil. Numa estratégia semelhante a que adotou no Brasil, quando captou com o L4 Venture Builder, a startup vai dispor não só do aporte financeiro, como do apoio estrutural e de mercado da nova investidora — para testar e aplicar modelos, acessar clientes e acompanhar o que acontece na ponta da cadeia.
Além das duas investidoras, a startup tem como acionista institucional o Group 11. Ao todo, já captou US$ 35 milhões.
Fonte: Pipeline