A CVC (CVCB3) apresentou prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), de acordo com o balanço divulgado pela companhia na noite desta sexta-feira (3). A cifra foi 16,6% superior à registrada no mesmo período do ano passado, quando o prejuízo somou R$ 75 milhões.
A empresa explica que o aumento do prejuízo se deve “majoritariamente ao registro de impairment de ágio da Submarino Viagens, em decorrência da revisão do plano de negócios, com redução das operações em parcerias, o que ocasionou uma perda no valor recuperável; marcação à mercado do bônus de subscrição e impairment sobre ativos fiscais diferidos”.
Em termos ajustados, a empresa reportou um lucro líquido de R$ 36,3 milhões – que não guarda comparações, mas inclui R$ 11,9 milhões de baixa de imposto diferido, R$ 77,1 milhões de impairment de ágio da Submarino Viagens e R$ 34,8 milhões da marcação a mercado de bônus de subscrição.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 96 milhões, uma melhora de 34,3% na comparação anual. Sem ajustes, o Ebitda somou R$ 19,7 milhões, uma piora de 61,2%.
CVC (CVCB3): receitas do balanço
O trimestre contou ainda com avanço de 11,3% na receita líquida, que ficou em R$ 375,8 milhões.
As reservas confirmadas totalizaram R$ 3,7 bilhões no 3T23, com recuo de 4,3% sobre igual etapa do ano passado. Já o Take Rate (percentual de receita líquida sobre reservas) ficou em 9,6% no terceiro trimestre de 2023, com elevação de 1,6 p.p.
As despesas gerais e administrativas somaram R$ 172,6 milhões no 3T23, com queda de 22,7% em relação ao mesmo período de 2022.
Financeiro e dívida
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 60,1 milhões no terceiro trimestre de 2023, uma queda de 13,2%, quando comparado com o mesmo período de 2022. sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.
A empresa explica que o resultado “deve-se, principalmente, aos encargos sobre o saldo de antecipações de recebíveis, dada a redução no montante de antecipações realizadas no período (R$ 792,9 milhões em 30 de setembro versus R$ 1.051,8 milhões em 30 de junho de 2023) e efeitos da redução do CDI médio, que incide sobre a dívida”.
Em o final de 30 de setembro, a dívida liquida totalizava R$ 639,2 milhões, aumento de R$ 393,5 milhões ante a 30 de junho. Na comparação anual, o número é 393,5% maior que o registrado em 2022.
Fonte: InfoMoney