O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, considerado a inflação oficial do Brasil, será divulgado na quarta-feira, 10. O mercado espera uma aceleração em relação ao índice divulgado em agosto, ao variar 0,28% e 5,20% em 12 meses. A aceleração na leitura mensal entre agosto e setembro (de 0,23% para 0,28%), virá do grupo Transportes ao passar de +0,34% em agosto para +1,37%. O principal destaque neste grupo são os efeitos dos reajustes de diesel e gasolina, além da alta de 13,29% de passagem aérea em setembro, revertendo parte da queda do mês anterior (-11,69%). A expectativa é da corretora Warren Renascença.
O grupo alimentação no domicílio deve manter a deflação, porém com menor intensidade. “Esperamos continuidade da deflação de preços de Hortaliças e verduras, Carnes, Leites e derivados e panificados”, afirma Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren. “O principal risco altista do número vem da gasolina. Esperamos alta de 2,30%, por outro lado, o que neutraliza é o risco baixista que vemos em higiene pessoal. Somente o grupo de cuidados pessoais levaria o IPCA do mês para 0,23%”, prossegue.
As principais medidas de núcleos deverão apontar variação média de 0,25% no mês e 5,1% em 12 meses, desacelerando ligeiramente em relação a variação de agosto de 0,24% e 5,2% no mês anterior. E, a inflação de serviços subjacentes, poderá atingir 0,29%, acima do mês anterior e abaixo média de 0,41%. “Esperamos que a desinflação de serviços subjacentes se intensifique até encerrar o ano abaixo de 5%. E, nas nossas contas, a medida dessazonalizada e anualizada de média móvel 3 meses da média dos núcleos poderá apontar número entre 3,5% e 3,8% na ponta”, completa.
Fonte: VEJA