O Ibovespa encerrou fevereiro com alta de 0,99%. O índice terminou o pregão de quinta-feira (29) aos 129.020 pontos, acima dos 127.752 pontos do fechamento de 31 de janeiro. Mesmo com a alta, o indicador continua com uma queda de 3,84% em 2024.
Para os analistas da Ágora Investimentos, o rali do fim do ano passado — quando o Ibovespa subiu 19,2% entre o fechamento de 30 de outubro de 2023 e 28 de dezembro de 2023 — foi o principal motivo para essa queda no acumulado do dois primeiros meses de 2024.
No entanto, mesmo com a desvalorização inicial, eles continuam otimistas com a Bolsa em 2024. “Para nós, essa queda não muda a tendência positiva que projetamos para a Bolsa brasileira ao longo dos próximos meses, embora ela precise ser entendida sob uma perspectiva mais abrangente, pois o motivo para essa queda é um problema lá fora, e não aqui”, afirma a equipe liderada por José Francisco Cataldo Ferreira em relatório publicado nesta semana.
Os especialistas afirmam que a postergação do início do corte de juros pelo banco central americano, Federal Reserve (Fed), de março para junho tem frustrado o mercado brasileiro e jogado ele para baixo.
“Como resultado, a renda fixa americana continuará atraente por mais tempo o que, por si só, já sugeria um fluxo adicional de recursos para os EUA, que é o que está acontecendo”, explica Cataldo e sua equipe.
No entanto, os analistas destacam que mesmo com morosidade na queda dos juros nos Estados Unidos, o ciclo de cortes da Selic no Brasil deve ajudar o Ibovespa a subir.
Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira está em 11,25% e a estimativa do mercado, no mais recente boletim Focus, é que ela deve encerrar 2024 em 9% ao ano.
Ainda assim, eles comentam que a alta da Bolsa não deve ter tanto fôlego por causa de um ambiente de crescimento econômico tímido e um risco fiscal persistente como fatores restritivos para uma visão muito mais otimista.
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“Entendemos que 2024 é um ano com potencial de alta para a Bolsa, mas definitivamente não é um cenário de ganhos generalizados em quaisquer ações ou setores”, pontuam os especialistas.
Desse modo, o recomendado é acompanhar os relatórios de carteiras recomendadas mensais, para saber quais são as melhores ações no momento.
Quais ações comprar em março?
A ação da Vale (VALE3) foi indicada por 8 corretoras e está novamente na primeira posição entra as ações preferidas do mercado. Segundo os analistas do Itaú BBA, a Vale é a melhor ação do setor de mineração e siderurgia para ter na carteira agora.
Os especialistas acreditam que a empresa será favorecida pelo preço do minério de ferro, que ficará em um bom patamar, apoiado pela produção ainda resiliente de aço na China e perspectivas positivas de demanda de aço para esse ano no país asiático.
“Avaliamos que a companhia não tem grandes projetos de expansão para fazer, dessa forma toda a geração de caixa poderá ser retornada para o acionista em forma de dividendos e recompra de ações. Para 2024, estimamos um retorno de dividendo sobre o valor da ação, Dividend Yield (DY), de aproximadamente 14%”, explica o time de estratégia do Itaú BBA em relatório da carteira recomendada para março.
Além da Vale, os analistas de 11 corretoras recomendam que investidor aporte o dinheiro em outras companhias. A segunda ação mais indicada para março foi o papel do Itaú (ITUB4), presente na lista de seis casas. Enquanto isso, as ações do Iguatemi (IGTI11) vieram na sequência do ranking, com 5 indicações.
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Para saber o que cada corretora consultado pelo E-Investidor recomendou comprar em março, veja as tabelas individuais a seguir.
Ágora
A Ágora realizou apenas uma troca em sua carteira de ações para março. Saíram os papéis do Carrefour (CRFB3), enquanto as ações da Usiminas (USIM5) entraram.
Ações |
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Vivara (VIVA3) |
Usiminas (USIM5) |
Weg (WEGE3) |
Copel (CPLE6) |
Localiza (RENT3) |
Itaú (ITUB4) |
JBS (JBSS3) |
Petrobras (PETR4) |
Sabesp (SPSP3) |
Vale (VALE3) |
Genial
Em relação ao mês de fevereiro, a Genial fez quatro trocas na carteira para março. Saíram as ações de Assaí (ASAI3), Raízen (RAIZ4), Irani (RANI3) e Unipar (UNIP6), com inclusão dos papéis de Arezzo (ARZZ3), Camil (CAML3), Equatorial (EQTL3) e Pão de Açúcar (PCAR3).
Ações |
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Energisa (ENGI11) |
Pão de Açúcar (PCAR3) |
Hapvida (HAPV3) |
3R Petroleum (RRRP3) |
Arezzo (ARZZ3) |
Camil (CAML3) |
Yduqs (YDUQ3) |
Equatorial (EQTL3) |
Mater Dei (MATD3) |
Vale (VALE3) |
Empiricus
Na carteira de ações recomendadas para março, a Empiricus incluiu B3 (B3SA3) e, para liberar espaço, retirou BR Partners (BRBI11).
Ações |
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Cosan (CSAN3) |
Equatorial (EQTL3) |
Localiza (RENT3) |
Itaú (ITUB4) |
Iguatemi (IGTI11) |
Arezzo (ARZZ3) |
B3 (B3SA3) |
3R Petroleum (RRRP3) |
Direcional (DIRR3) |
Grupo SBF (SBFG3) |
Itaú BBA
Para março, o Itaú BBA fez duas alterações no seu radar de preferências. Eletromidia (ELMD3) entrou no lugar de Totvs (TOTS3) no setor de telecomunicações, mídia e tecnologia. Já SLC Agrícola (SLCE3) substituiu Rumo (RAIL3) no setor de agronegócio.
Ações |
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SLC Agrícola (SLCE3) |
Alliansce (ALOS3) |
Caixa Seguridade (CXSE3) |
Nubank (ROXO34) |
Yduqs (YDUQ3) |
Direcional (DIRR3) |
Eletromidia (ELMD3) |
Equatorial (EQTL3) |
Cyrela (CYRE3) |
Vale (VALE3) |
Kinea Índice de Preços (KNIP11) |
Localiza (RENT3) |
M. Dias Branco (MDIA3) |
Hapvida (HAPV3) |
Prio (PRIO3) |
Suzano (SUZB3) |
Carrefour (CRFB3) |
Randon (RAPT4) |
Centauro (SBFG3) |
Órama
A Órama realizou uma alteração em sua carteira mensal. A corretora retirou as ações da Vibra (VBBR3) e adicionou os papéis da JBS (JBSS3).
Ações |
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Iguatemi (IGTI11) |
Vivara (VIVA3) |
Vale (VALE3) |
JBS (JBSS3) |
Assaí (ASAI3) |
PagBank
O PagBank fez duas mudanças na carteira recomendada para março. Nubank (ROXO34) e Mercado Livre (MELI34) saíram para dar lugar a Itaú (ITUB4) e Direcional (DIRR3).
Ações |
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Itaú (ITUB4) |
Vivara (VIVA3) |
Sabesp (SBSP3) |
Direcional (DIRR3) |
Petrobras (PETR4) |
RB Investimentos
A RB realizou uma alteração na carteira para março. Retirou as ações da Priner (PRNR3) e acrescentou os papéis da Moura Dubeux (MDNE3).
Ações |
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Vale (VALE3) |
Itaú (ITUB4) |
Equatorial (EQTL3) |
Embraer (EMBR3) |
RaiaDrogasil (RADL3) |
Fleury (FLRY3) |
SmartFit (SMFT3) |
Plano & Plano (PLPL3)) |
Aliansce Sonae (ALOS3) |
BTG Pactual (BPAC11) |
Direcional (DIRR) |
Prio (PRIO3) |
Iguatemi (IGTI11) |
Track&Field (TFCO4) |
Suzano (SUZB3) |
Moura Dubeux (MDNE3) |
Rico
A Rico realizou uma troca para março. Retirou Mastercard (MSCD34) e adicionou Zoetis (Z1TS34).
Ações |
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Alupar (ALUP11) |
Isa Cteep (TRPL4) |
Banco do Brasil (BBAS3) |
Petrobras (PETR4) |
Broadcom (AVGO34) |
Zoetis (Z1TS34) |
Assai (ASAI3) |
Iguatemi (IGTI11) |
Lavvi (LAVV3) |
Vale (VALE3) |
Santander
Para março, o Santander realizou apenas uma alteração em sua carteira recomendada. Houve a saída das ações da Localiza (RENT3), com a entrada dos papéis da Multiplan (MULT3).
Ações |
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Rumo (RAIL3) |
Multiplan (MULT3) |
Totvs (TOTS3) |
Ultrapar (UGPA3) |
Itaú (ITUB4) |
Banco do Brasil (BBAS3) |
Sabesp (SBSP3) |
Petrobras (PETR3) |
Vale (VALE3) |
Cyrela (CYRE3) |
Vivara (VIVAR3) |
TC Investimentos
A carteira da TC foi reformulada quase por completo, com apenas as ações da Embraer (EMBR3) sendo mantidas. Saíram Direcional (DIRR3), Cury (CURY3), BB Seguridade (BBSE3), CSN Mineração (CMIN3), Sabesp (SBSP3), Assaí (ASAI3), Vibra (VBBR3), EcoRodovias (ECOR3) e Banco do Brasil (BBAS3). Por outro lado, entraram C&A (CEAB3), Minerva (BEEF3), JBS (JBSS3), Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Iguatemi (IGTI11), Mitre (MTRE3), Cyrela (CYRE3) e B3 (B3SA3).
Ações |
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C&A (CEAB3) |
Minerva (BEEF3) |
JBS (JBSS3) |
Itaú (ITUB4) |
Bradesco (BBDC4) |
Embraer (EMBR3) |
Iguatemi (IGTI11) |
Mitre (MTRE3) |
Cyrela (CYRE3) |
B3 (B3SA3) |
Terra Investimentos
A Terra fez apenas uma mudança na carteira para março. Os papéis da Gerdau (GGBR4) foram substituídos pelas ações da Multiplan (MULT3).
Ações |
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Vale (VALE3) |
Multiplan (MULT3) |
Eletrobras (ELET3) |
Lojas Renner (LREN3) |
3R Petroleum (RRRP3) |
Localiza (RENT3) |
Cyrela (CYRE3) |
B3 (B3SA3) |
CCR (CCRO3) |
Bradesco (BBDC4) |
Fonte: E-Investidor