O Itaú BBA elevou a recomendação para as ações do Bradesco (BBDC4), de market para outperform – equivalente a uma classificação de “compra” -, com preço-alvo de R$ 16 ao final de 2025, o que implica um potencial de alta de cerca de 21%.
O banco, em relatório assinado por Pedro Leduc e equipe, diz que o Bradesco está descontado. “Nosso novo valor justo implica ~1,0x P/B para 2025, uma reclassificação com base na recuperação do ROE de 10% em 2023 para 15% até 2026”.
A avaliação é feita após a instituição reportar dos dados do segundo trimestre, que, para os analistas do Itaú BBA, confirmaram que a gestão atual do banco está conseguindo apresentar crescimento de linhas importantes.
Eles citaram a receita líquida de juros pós-provisões expandindo 13% na base trimestral. “A proposta de valor está sendo simplificada, tornando o banco maduro para capturar os benefícios de um melhor ciclo de crédito ao consumidor”, disseram.
Para o Itaú BBA, os esforços em eficiência, com o fechamento de agências, por exemplo, também estão no caminho certo para eventualmente contribuir com os lucros. “O segundo semestre de 2024 deve trazer crescimento contínuo dos lucros”, afirmaram.
Lucro do Bradesco
Nesta segunda, o Bradesco apresentou lucro recorrente de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado, superando estimativas do mercado.
Após uma sequência tenebrosa, com rentabilidade bem abaixo dos pares e índices de qualidade, incluindo inadimplência, que mostraram uma deterioração preocupante, o Bradesco tenta ‘acertar a mão’ no ano, algo que já foi visto no primeiro trimestre, onde as despesas e a margem com cliente mostraram evolução.
Números de maio do Banco Central já davam sinais de que o banco teria uma melhora das cifras. Segundo o Bradesco, o lucro foi impulsionado por:
- – menores despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD),
- – aumento de margem financeira, receita de serviços e resultado das operações de seguros.
