O Guaíba ainda enfrenta uma cheia histórica, com nível acima dos cinco metros. Em meio às expectativas de que a água baixe, entidades empresariais se preocupam com o estrago que será revelado nas áreas afetadas pelas enchentes. A Fecomércio-RS, entidade que representa cerca de 500 mil empresas do comércio de bens, serviços e turismo no Rio Grande do Sul, projeta perdas milionárias em todos os 425 municípios atingidos.
“Os municípios atingidos representam 81% do PIB do Estado. Estimamos um impacto de 86% no nosso nicho, de comércio, bens e serviços, porque representamos 51% da economia”, diz Luiz Carlos Bohn, presidente da entidade. A assessoria econômica ainda estima um impacto em 88% dos empregos formais do estado, por conta das enchentes.
Bohn afirma que ainda é cedo para estimar a proporção dos danos em cada uma das regiões. “Temos diferenças grandes. Em Eldorado do Sul, por exemplo, está tudo praticamente destruído. Já em Porto Alegre o impacto, por enquanto, é de 50%”, afirma.
O presidente da Fecomércio-RS diz que o estado só se recuperará com um “investimento colossal” do Governo Federal, e que, mesmo com o recurso em mãos, a reconstrução de infraestrutura e negócios pode levar “de três a cinco anos”.
Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios