O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou na última quarta-feira (20/12) estimativas indicando que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá apresentar um crescimento de 3,2% ao final deste ano, de acordo com o relatório “Visão Geral da Conjuntura”.
A mais nova projeção do Ipea para o PIB do Brasil é um pouco abaixo dos 3,3% estimados em setembro. Quando a 2024, o instituto permanece com a perspectiva de um aumento de 2% no PIB. O Ipea destacou que o crescimento consistente da massa salarial impulsionou o PIB do Brasil em 2023, sendo o aumento do consumo das famílias um fator determinante. Além disso, as exportações, impulsionadas por produtos agropecuários e petróleo, também devem contribuir para o índice.
A modificação ocorreu, em parte, devido a uma adaptação das projeções para refletir as revisões da série histórica do PIB, o que resultou na atualização das Contas Anuais realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o quarto trimestre deste ano, o Ipea prevê um crescimento de 3% em relação ao mesmo período de 2022.
O instituto justifica a desaceleração econômica prevista para 2024, principalmente, pela esperada queda no valor adicionado da agropecuária (-3,2%), influenciada por fatores climáticos adversos. Contudo, o desempenho positivo pode ser observado em outras commodities, como o petróleo, devido à competitividade das áreas do pré-sal. Isso é ainda mais evidente se a expectativa de manutenção do ritmo de crescimento do PIB mundial em 2024 se concretizar, segundo o Ipea.
Conforme relatado na última edição do Relatório Focus do Banco Central (BC), divulgada no início da semana passada, a previsão é que o PIB brasileiro encerre o ano com um crescimento de 2,92%. Para 2024, ainda de acordo com o Focus, a economia do Brasil deve desacelerar, alcançando 1,51%. Já em 2025, a projeção aponta para um aumento de 2%.