Em teoria todos sabemos que a instabilidade fiscal torna o Brasil um pais pouco propicio para o investidor, mesmo sendo uma potência em recursos naturais e com um comércio muito forte, todo país precisa ter estabilidade fiscal para que possa vir investimentos estrangeiro, tanto quanto o brasileiro mesmo investir aqui e não em outro pais.
Mas tendo como base atual, os gastos do governo acima das receitas, torna exponencial o crescimento da dívida pública, isso gera dúvidas sobre a capacidade que o governo tem de honrar seus compromissos, gerando assim a desconfiança perante o mercado financeiro. A percepção de risco elevado, faz com que investidores cobrem juros maiores para financiar o governo, o governo por sua vez encarece o crédito, dificultando assim o crescimento econômico. Uma inflação alta reduz o poder de compra, tira força de investimentos e força o Banco Central a subir taxas, prejudicando a produção e o consumo.
A inflação por sua vez sofre uma pressão desmedida por conta da impressão de dinheiro, ou adoção de políticas monetárias mais abrangentes, afim de financiar os gastos, aumentando assim a inflação. O Real perde valor por conta da onda de investidores desacreditando no país e comprando dólar como saída, por isso a alta da moeda, mesmo com intervenção do Banco Central. O Real desvalorizado aumenta os custos, tanto de importações, como de combustíveis, encarecendo toda a cadeia de comércio e abastecimentos.
A redução de investimentos é automática com um risco fiscal alto, empresas e investidores deixam de alocar recursos em economias com instabilidade fiscal por temerem aumento de impostos, crises e politicas imprevisíveis.
A instabilidade fiscal aumenta o risco-país, indicador esse que mede a confiança de investidores internacionais. Quanto mais alto está o risco-país, mais difícil e mais caro se torna para atrair recursos externos. Isso acaba explicando o porquê das quedas constantes do Ibovespa e a força que a moeda americana vem ganhando perante a moeda brasileira, refletindo a fuga dos investidores por meio da aversão ao risco.