Os fundos imobiliários MXRF11 e BCFF11 e a atratividade dos FIIs como porta de entrada para o mercado de renda variável estão entre os destaques do mercado nesta sexta-feira (2), após um dia de oscilação que marcou o primeiro pregão de agosto.
O IFIX fechou em leve alta, de 0,02%, em 3.365,60 pontos. O índice começou o dia em alta, alcançando rapidamente a máxima do dia, em 3.370,02 pontos, mas logo voltou aos níveis da véspera, passando pelo pior momento nas horas finais de negociações, batendo no piso de 3.361,59 pontos logo depois das 16h, para uma recuperação nos últimos minutos.
Na semana, o índice de FIIs acumula queda de 0,30%. No ano, o IFIX registra resultado positivo de 1,64%.
BCFF11 convoca cotistas para decidir fusão com outro FII
O fundo imobiliário BCFF11 convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar a proposta de fusão com o BTHF11. A proposta consiste na aplicação de cerca de R$ 2 bilhões em ativos do BCFF11 para subscrever a 3ª emissão do BTHF11, um fundo cetipado da BTG Asset.
A AGE do BCFF11 já está em andamento, com o prazo de votação encerrando em 12 de agosto. Os resultados da votação estão previstos para serem divulgados em 20 de agosto. É necessário que os cotistas do BCFF11 aprovem a liquidação do fundo e a troca de suas cotas por cotas do BTHF11.
A proporção estimada é de 0,92 cotas do BTHF11 para cada cota do BCFF11, embora esse fator seja reavaliado após a apuração da carta consulta. As cotas do BTHF11 devem ser listadas na B3 antes que sejam entregues aos novos cotistas.
MXRF11 conclui captação bilionária em sua 10ª emissão de cotas
O fundo imobiliário MXRF11 anunciou o encerramento de sua 10ª emissão de cotas, com a captação total de R$ 1 bilhão, valor máximo que a oferta poderia alcançar. Com isso, o patrimônio líquido do fundo deve saltar para R$ 4,3 bilhões.
Para a XP Asset, gestora do fundo, o contexto de maior diversificação da estrutura de funding do mercado imobiliário brasileiro aumenta a relevância dos CRIs, principal ativo negociado pelo MXRF11. Esses ativos tiveram uma emissão total de R$ 31,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, com crescimento anual de 149,2%, conforme dados da Anbima.
“Com a escassez de funding via poupança, as incorporadoras têm acessado o mercado de capitais para financiar obras. Neste contexto, os CRIs, principais ativos da carteira do Maxi Renda, ganharam espaço na distribuição de crédito imobiliário, fator determinante para fazer do nosso fundo um dos queridinhos do mercado”, afirma André Masetti, gestor de fundos estruturados da gestora do MXRF11.