Os acionistas da Telefônica Brasil (VIVT3) reunidos em assembleia aprovaram na última quarta-feira a proposta de redução de capital no valor de R$ 2 bilhões. A redução será concretizada por meio da restituição do valor aos acionistas, equivalente a R$ 1,2265 por ação ordinária. O pagamento havia sido aprovado pelo conselho de administração em novembro.
A Telefônica Brasil (VIVT3) vai devolver R$ 2 bilhões aos seus acionistas, por meio de mais uma redução de capital.
A redução de capital, mediante restituição aos acionistas, foi proposta pela companhia em 5 de novembro e aprovada nesta última quarta-feira (18) em AGE (Assembleia Geral Extraordinária).
De acordo com a Telefônica, a operação vai render um pagamento de aproximadamente R$ 1,22 por ação ordinária. Esse valor, no entanto, ainda pode sofrer modificações, em razão do seu programa de recompra de ações.
Terão direito à restituição os acionistas registrados no próximo dia 27 de fevereiro de 2025. Após essa data, as ações da Telefônica serão negociadas na condição de ex-direitos da restituição.
Já o pagamento será realizado em parcela única até 31 de julho de 2025, em data a ser fixada pela companhia.
Por que reduzir o capital?
Ao propor a redução de capital, a Telefônica disse que a operação visa “otimizar a estrutura de capital da companhia, o que permitirá a flexibilização da alocação de seu capital, gerando equilíbrio entre sua necessidade de recursos e a geração de valor aos seus acionistas”.
A avaliação é de que “o capital social da companhia é excessivo para o normal desenvolvimento e consecução de seus objetivos sociais”. Logo, pode ser reduzido dos atuais R$ 62 bilhões para R$ 60 bilhões, sem o cancelamento de ações.
Vale lembrar também que a dona da Vivo já fez uma redução de capital de R$ 1,5 bilhão em abril deste ano. A operação rendeu um pagamento de R$ 0,90 por ação e também tinha como objetivo aprimorar a estrutura de capital da companhia.
JCP também a caminho
A Telefônica também havia anunciado na última quinta-feira (12) a distribuição de R$ 1,2 bilhão em JCP (Juros sobre o Capital Próprio). É o equivalente a um valor bruto de R$ 0,7359 por ação.
O provento será pago até 30 de abril de 2025 para os acionistas registrados no próximo dia 26 de dezembro.
As novas iniciativas da Telefônica (VIVT3)
Vale relembrar que a Telefônica tem investido em novas iniciativas além da telefonia. Em junho, por exemplo, a empresa lançou dois novos produtos focados em crédito e empréstimo pessoal, como a parcela pix e a antecipação do saque aniversário do FGTS.
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Leandro Coelho, diretor da Vivo Fintech, afirma que a operação financeira surgiu após a empresa identificar o potencial da base de dados e de clientes que já consomem os produtos tradicionais de internet e telefonia.
“Percebemos que na Vivo temos alguns ‘assets’ únicos. Temos uma base de mais de 100 milhões de acessos móveis, 22 milhões de usuários únicos no aplicativo da Vivo e mais de 1.800 lojas espalhadas pelo Brasil. Se nos compararmos com as empresas varejistas, a Vivo seria uma das maiores varejistas do país”, afirma o diretor da companhia.
Ainda dentro da estratégia de diversificação de receita, a Vivo também atua em outras frentes além da financeira. Em 2020, por exemplo, criou uma joint venture com a Ânima Educação com foco em educação continuada.
Em junho deste ano, a empresa também marcou sua estreia no mercado de energia com a GUD Energia, uma joint venture que vai atuar na comercialização de energia renovável para clientes B2B. No entretenimento, oferece serviços de vídeo e música, além de contar com um marketplace com serviços de saúde e bem-estar, o Vale Saúde.