As ações da Tesla (TSLA), negociadas na Bolsa de Nova York, caíram 15,43%, a sua maior queda percentual diária desde setembro de 2020. Com isso, o papel devolveu toda a valorização que havia obtido desde a eleição de Donald Trump em novembro do ano passado, segundo a agência “Dow Jones”.
No acumulado deste ano, as ações da Tesla, montadora de veículos elétricos de Elon Musk, já perderam 41,43%. Nesta última segunda-feira (10), a companhia teve a maior desvalorização entre as empresas que compõem o índice S&P 500.
As incertezas quanto ao desenvolvimento de produtos futuros da montadora estão pesando sobre os papéis, junto com as iniciativas de inteligência artificial, com o bilionário cada vez mais envolvido no governo americano.
O chamado Doge (Departamento de Eficiência Governamental), chefiado por Musk, criou mais incertezas e um novo fator de risco para os investidores da Tesla.
O banco UBS reduziu as perspectivas de entregas da Tesla no primeiro trimestre, de 437 mil veículos para 367 mil veículos. Isso equivale a uma queda de 5% na comparação anual, com expectativa de recuperação apenas na segunda metade do ano.
O fraco desempenho da empresa na China e na Europa no início do ano foi o que levou à redução.
Tesla (TSLA34) já havia perdido US$ 400 bi em valor de mercado em fevereiro
Desde a posse do presidente dos EUA, Donald Trump, a Tesla(TSLA34) tem atingido sucessivas baixas. Com a queda de vendas na Europa em 45%, o acumulado desta semana chega a uma perda de US$400 bilhões em valor de mercado.
A Tesla atingiu uma de suas maiores desvalorizações em 17 de dezembro, quando os papeis chegaram a US$480. As vendas da Tesla na Europa caíram 45% em janeiro na comparação anual, enquanto o mercado automobilístico no continente registrou crescimento de 37%. As informações foram apuradas pelo jornal Valor Econômico.
Para o analista Will Tamplin, a empresa perdeu um nível de suporte importante com US$315 e pode estar encaminhada para novas quedas, sendo um ponto crítico na faixa de US$275, uma média móvel negativa em 200 dias.
Para o especialista, uma performance abaixo dessa média significa uma mudança na confiança do investidor na empresa e alerta para uma mudança de visão do mercado.
