Depois de oscilar entre o campo negativo e positivo com investidores digerindo dados de inflação nos EUA em linha com o esperado, o dólar à vista opera próximo da estabilidade nesta quarta-feira (14).
A inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano apresentou um aumento de 0,2% em julho e um crescimento de 3% na base anual, em linhas com estimativas de consenso do LSEG.
Vale lembrar que o dado veio um dia após a inflação ao produtor (PPI, também na sigla em inglês) ter vindo abaixo do esperado. Os números reforçam a expectativa de queda de juros nos EUA.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 12h35, o dólar comercial operava com queda de 0,07%, a R$ 5,446 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) caía 0,19%, a 5.458 pontos.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia em queda de 0,90%, cotado a 5,4491 reais, atingindo a menor cotação de fechamento desde 16 de julho.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1 de outubro de 2024.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,446
- Venda: R$ 5,446
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,486
- Venda: R$ 5,666
O que acontece com dólar hoje?
Após cair por seis sessões consecutivas, a divisa americana opera novamente em baixa ante o real, com investidores repercutindo dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que reforçaram as apostas de corte de juros do Banco Central americano, sobretudo de um corte mais agressivo de 0,5 ponto porcentual, ao invés de 0,25.
Andressa Durão, economista do ASA, comenta que a inflação de aluguéis, que tinha finalmente cedido no mês de junho, voltou a acelerar em julho, trazendo de volta o risco de manter a inflação de serviços em patamar elevado por algum tempo. O número não muda o cenário de início do ciclo de corte em setembro (-25bps), já que o núcleo de inflação ficou em linha com o esperado, numa taxa considerada baixa e favorável à queda de juros.
Segundo Durão, os dados podem levar a revisões altistas das projeções da inflação PCE de julho, após o PPI de ontem. “Mas mais importante que este dado serão os de mercado de trabalho, a serem divulgados no início de setembro.”
Autoridades do Fed indicaram disposição para cortar juros, embora tenham sido cuidadosas para não se comprometer com um cronograma específico nem especular sobre o ritmo em que os cortes podem ocorrer. Os preços do mercado futuro atualmente apontam para uma chance quase igual de uma redução de um quarto ou meio ponto percentual na reunião de 17 a 18 de setembro e pelo menos um ponto inteiro em movimentos até o final de 2024.
À medida que a inflação diminuiu, as preocupações crescentes sobre uma desaceleração do mercado de trabalho parecem ganhar mais atenção dos agentes do mercado.