Com o objetivo de colocar as cidades da Amazônia no epicentro das discussões climáticas globais, prefeitas e prefeitos da Amazônia Legal se reuniram na última quarta-feira (23), em Belém, para dar início ao Encontro de Prefeitas e Prefeitos da Amazônia Legal – Caminhos para a COP30.
O evento, realizado no Palácio Antônio Lemos, representou mais um passo estratégico rumo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será sediada pela capital paraense em 2025.
Anfitrião da cerimônia e presidente da Comissão das Cidades Amazônicas da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), o prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), destacou o simbolismo do momento.
“Discutir a Amazônia não é só discutir mudanças climáticas ou preservação ambiental. É discutir os gargalos sociais e econômicos de um povo extremamente sofrido, resiliente e lutador”, afirmou.
A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades nacionais e internacionais, como Vanessa Grazziotin (OTCA), Adalberto Maluf (do Ministério do Meio Ambiente), a embaixadora da Alemanha no Brasil, Bettina Cadenbach, além de prefeitos da região e representantes do governo federal.
O ministro das Cidades, Jader Filho, que estava confirmado no evento, não pôde comparecer, mas enviou uma mensagem em vídeo reiterando o compromisso do governo com a integração de políticas públicas para a região.
O encontro também lançou luz sobre a atuação da Comissão Permanente das Cidades Amazônicas, que pretende articular soluções de adaptação climática e fortalecer políticas públicas alinhadas às realidades locais.
A proposta é construir uma estratégia regional integrada rumo à COP30, pautando temas como resiliência urbana, financiamento e práticas sustentáveis. A embaixadora Bettina Cadenbach destacou o papel das cidades na transformação da região. “A Amazônia é única. Capacitar os municípios é essencial para que construam seu próprio futuro sustentável”, afirmou.
Diálogos e soluções
Ao longo do dia, o evento seguiu com mesas temáticas abordando temas como planejamento urbano e resiliência climática, desafios de financiamento para municípios da região e estratégias para inserir a Amazônia urbana na agenda global da COP30.
Também foram apresentadas boas práticas em gestão ambiental urbana, promovendo o intercâmbio de experiências entre os gestores públicos.
Segundo a Prefeitura, a expectativa é de que o encontro fortaleça a articulação política das cidades amazônicas, contribuindo para que elas participem da COP30 não apenas como sede, mas como protagonistas da pauta ambiental global.
