A BP, empresa multinacional britânica que opera no setor de energia, registrou um lucro ajustado de US$ 13,8 bilhões no ano, em comparação com os US$ 27,6 bilhões de 2022, período impulsionado pelo aumento nos preços do petróleo e gás devido à invasão da Ucrânia, segundo a agência Dow Jones.
O resultado superou a projeção de US$ 13,6 bilhões feita pelos analistas consultados pela Visible Alpha.
No último trimestre do ano, a BP atingiu o marco de um lucro ajustado de US$ 2,99 bilhões, apresentando uma queda em relação aos US$ 3,29 bilhões do quarto trimestre de 2022. Mesmo assim, as expectativas, que estavam em US$ 2,77 bilhões, foram superadas. Na bolsa de Londres, as ações da companhia encerraram o dia com um aumento de 5,46%.
A maior parcela do lucro originou-se dos ganhos na produção e operações de petróleo, com o lucro antes dos juros e impostos (EBIT) aumentando de US$ 3,14 bilhões para US$ 3,55 bilhões. O resultado das operações de gás e baixo carbono também apresentou um aumento, passando de US$ 1,26 bilhão para US$ 1,78 bilhão.
A BP planeja recomprar ações no valor de US$ 1,75 bilhão no primeiro trimestre, um aumento em relação aos US$ 1,5 bilhão do quarto trimestre, alcançando um total de recompra de US$ 3,5 bilhões na primeira metade de 2024. Os dividendos permaneceram inalterados, mantendo-se em US$ 7,27 por ação.
O CEO Murray Auchincloss revelou ao Reuters, enquanto busca acalmar as preocupações dos investidores sobre sua estratégia de transição energética, que a empresa simplificará seus negócios e se tornará mais pragmática em suas decisões de investimento. “Os últimos quatro anos foram sobre originação e agora é hora de simplificar à medida que a BP entra na fase de construção”, disse ele ao site.
“Vamos adaptar-nos pragmaticamente ao que está acontecendo com a procura na sociedade”, ressaltou Auchincloss, acrescentando que a BP irá apostar nos “projetos de maior retorno e maior valor”.