O Banco Central da China implementou sua terceira redução nas taxas de juros de referência neste ano, como parte de seus esforços para estimular a atividade econômica em meio a uma desaceleração na segunda maior economia do mundo.
A taxa de reserva obrigatória (RRR), que determina a parcela dos depósitos que os bancos devem manter em suas reservas, foi reduzida em 0,25 ponto percentual, levando a RRR para 7,4%. Essa decisão foi tomada um dia antes da divulgação de importantes indicadores econômicos de agosto na China.
Essa redução na taxa já havia sido prevista pelos mercados financeiros e visa incentivar os bancos a diminuírem as taxas de juros em empréstimos hipotecários. Isso ocorre em um momento de crise no setor imobiliário chinês, que impacta significativamente na economia do país.
A China enfrenta desafios como incertezas no mercado de trabalho, desaceleração global que afeta a demanda por seus produtos e dificuldades financeiras no setor imobiliário, com várias grandes empresas lutando para completar projetos e à beira da falência.
Outro sinal de desaceleração é a redução nos empréstimos concedidos as famílias, atingindo o menor nível desde 2009 no mês passado.
Essa desaceleração coloca em risco a meta de crescimento estabelecida pelas autoridades chinesas para 2023, que gira em torno de 5%. Se essa meta for alcançada, representará uma das menores taxas de crescimento anual da China em décadas, se excluir o período da pandemia.