A Coinbase comunicou sua decisão de eliminar os pares de negociação relacionados ao token brasileiro MCO2, emitido pela empresa de tecnologia ambiental Moss. Essa remoção está programada para ocorrer em 14 de novembro. Curiosamente, o anúncio não parece ter impactado o valor do token, que registrou um aumento de 2% nas últimas 24 horas, de acordo com informações do Coingecko.
Em declaração ao Cointelegraph, a Moss enfatizou que a integridade do token MCO2 permanece inalterada e que a decisão de removê-lo da Coinbase não está relacionada a questões regulatórias ou de conformidade.
A empresa destacou que os fundos associados ao MCO2 podem ser resgatados a qualquer momento, e os tokens continuam a ser negociados em outras bolsas ao redor do mundo, incluindo Mercado Bitcoin, Probit, Gate.io, Uniswap, Ubeswap (Celo), Foxbit, Novadax, CoinEx e Sushiswap (Polygon).
De acordo com informações da empresa, os detentores de MCO2 ainda têm a capacidade de acessar a plataforma da Moss para utilizar os tokens no propósito de compensar emissões de carbono.
O fundador e CEO da Moss, Luis Felipe Adaime, destacou que, além de manter acordos com auditorias para assegurar a validade dos créditos de carbono apoiados pelo MCO2, a Moss permanece firmemente comprometida com sua missão de combater as mudanças climáticas por meio de soluções ambientais.
Nesse contexto, o CEO da Moss anunciou sua participação no evento inaugural da Organização de Colaboração de Moeda Digital do Banco Central (CBDCCO), onde representará o Brasil como o único representante nas discussões sobre iniciativas de tecnologia climática agendadas para 8 de novembro em Munique, Alemanha. O evento é organizado pelo Nobel Sustentabilidade Trust (NST).
“Uma de nossas missões é nos dedicarmos a desenvolver e promover tecnologias que garantam transparência e segurança no mercado voluntário de créditos de carbono”, afirmou Adaime.
Em outubro, o CEO da Moss representou o Brasil em um painel na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em Roma, onde discutiu o uso da tecnologia e da ciência para enfrentar os desafios de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. “A nossa presença em conferências como a CBDCCO, bem como na ONU, sublinha o nosso compromisso com as tecnologias como soluções essenciais para o futuro das finanças sustentáveis e para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas na humanidade”, finalizou.