O dólar oscilava pouco frente ao real nesta última terça-feira (26) em sessão novamente marcada pela espera do anúncio de medidas fiscais do governo, enquanto as atenções também se voltavam para a promessa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas tarifas.
O dólar à vista fechou o dia praticamente estável com alta de 0,10%, a R$ 5,8096 na venda. Com o mesmo viés positivo, o Ibovespa encerrou o pregão com uma elevação de 0,69%, a 129.922,38 pontos.
O principal índice da bolsa brasileira atingiu, ao longo da sessão de hoje, os 130 mil pontos pela primeira vez em mais de duas semanas, com Brava Energia disparando 10% após anunciar que assinou contratos para campanha de desenvolvimento em Atlanta e Papa-Terra, com opção de desenvolvimento de Malombe.
A sessão também foi marcada pela expectativa para o pacote de corte de gastos, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizar que o governo estará pronto para divulgar as medidas nesta semana uma vez que fechou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva as últimas pendências sobre as medidas fiscais.
No exterior, os mercados globais digeriam o anúncio de Trump de que ele imporá tarifas de 25% sobre todos os produtos de México e Canadá, além de tarifas adicionais sobre as importações vindas da China, quando assumir o cargo em 20 de janeiro de 2025.
As promessas levantavam novas preocupações sobre possíveis guerras comerciais a partir do próximo ano, com várias autoridades de bancos centrais e chefes de Estado criticando as intenções de Trump.
Cenário internacional
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que assinará uma decreto impondo uma tarifa de 25% sobre todos os produtos provenientes do México e do Canadá que entrarem nos Estados Unidos.
“Em 20 de janeiro, como um dos meus muitos primeiros decretos, assinarei todos os documentos necessários para cobrar do México e do Canadá uma tarifa de 25% sobre TODOS os produtos que entram nos Estados Unidos e suas ridículas fronteiras abertas”, disse Trump em um post no Truth Social.
Trump disse que as tarifas permaneceriam em vigor até que os dois países reprimissem os medicamentos como o fentanil e os imigrantes que cruzam a fronteira ilegalmente.
Cenário doméstico
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas de revisão de gastos já foram definidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não informou a data de anúncio do pacote.
“O mais importante é que a reunião de hoje foi definitiva, fechamos um entendimento no governo, o presidente já decidiu as últimas pendências”, afirmou.
Segundo Haddad, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco; e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; ainda serão comunicados.
“Tá dependendo agora do Planalto entrar em contato com Senado e Câmara. Está tudo redigido”, disse Haddad.
Haddad afirmou ter “esperança” de uma aprovação das medidas no Congresso ainda neste ano, mesmo com o calendário apertado.