De acordo com levantamentos da DeFiLlama, o setor de criptomoedas somou aproximadamente US$ 1,5 bilhão em receitas on-chain em dezembro de 2024. Desse total, cerca de 44% — ou US$ 664 milhões — coube a emissores de stablecoins, que despontaram como os maiores beneficiados no período.
A Tether (COIN:USDTUSD) liderou com US$ 532,1 milhões arrecadados, enquanto a Circle (COIN:USDCUSD) alcançou US$ 132,77 milhões. O domínio dessas duas empresas no mercado de moedas estáveis chega a cerca de 90%, o que significa controlar um segmento avaliado em mais de US$ 200 bilhões.
A popularidade das stablecoins se explica principalmente pela proteção que oferecem contra a volatilidade comum em outros ativos digitais, atuando também como porta de entrada para o dólar em regiões emergentes — fator que atrai tanto usuários individuais quanto investidores institucionais.
A criptomoeda XRP (COIN:XRPUSD) atingiu US$ 138,98 bilhões em valor de mercado em 3 de janeiro, ultrapassando a stablecoin Tether (COIN:USDTUSD) e ficando atrás apenas de Bitcoin (COIN:BTCUSD) e Ether (COIN:ETHUSD).
O USDT perdeu cerca de US$ 1,6 bilhão em capitalização no mesmo período, resultado que coincide com a entrada em vigor do Regulamento de Mercados de Criptoativos (MiCA) na União Europeia.
O MiCA impõe requisitos mais rigorosos aos emissores de stablecoins, exigindo reservas comprovadas e licenças de operação. Essa pressão regulatória levou a casos como a retirada do USDT na Coinbase Europe.
Enquanto isso, o XRP conquistou ganhos expressivos, impulsionado por especulações sobre a aprovação de um ETF spot. A WisdomTree foi a quarta empresa a registrar um pedido para esse tipo de produto na SEC, alimentando a confiança dos investidores na expansão de soluções baseadas no XRP.
A Ripple também anunciou o Ripple USD (RLUSD), uma stablecoin lastreada em dólar, com previsão de integrar o sistema de pagamentos internacionais em 2025. O RLUSD já acumula US$ 72 milhões em capitalização.