Com o crescimento do Pix como ferramenta de pagamento, também aumentaram os golpes envolvendo o sistema. Um dos mais comuns e recentes é o golpe do “Pix errado”, no qual criminosos fazem uma transferência para a conta da vítima e alegam que foi um engano. Em seguida, solicitam a devolução do valor, mas fornecem dados de outra conta para receber o dinheiro.
Como funciona a fraude?
- – Transferência inicial: O golpista realiza um Pix para a vítima usando chaves públicas como número de telefone.
- – Contato com a vítima: Por mensagem ou ligação, o fraudador afirma que enviou o dinheiro por engano e pede a devolução, fornecendo dados de uma conta diferente da origem.
- – Triangulação financeira: Enquanto a vítima devolve o valor, o criminoso aciona o Mecanismo Especial de Devolução (MED), solicitando o estorno do banco de origem. Assim, o golpista pode obter o valor duas vezes: o reembolso oficial e a devolução da vítima.
O uso do MED, uma ferramenta projetada para proteger vítimas de fraudes, é distorcido pelos golpistas. Após a devolução manual feita pela vítima, os criminosos já transferem os valores para contas de terceiros, dificultando o rastreamento e o bloqueio.
Como evitar cair no golpe do Pix errado?
- – Verifique a transação: Confirme no extrato do banco se o valor foi realmente transferido e se corresponde à conta que realizou o Pix inicial.
- – Use a função “devolver” no Pix: Essa funcionalidade devolve automaticamente o valor para a conta de origem, evitando fraudes.
- – Desconfie de contatos suspeitos: Mensagens ou ligações pressionando pela devolução do dinheiro podem ser indícios de golpe.
- – Consulte o banco: Se houver dúvidas, entre em contato com sua instituição financeira antes de tomar qualquer ação.
Caiu no golpe? Saiba o que fazer
Se você foi vítima, informe imediatamente o banco e solicite o bloqueio dos valores por meio do MED. Dependendo do caso, o banco poderá monitorar a conta do golpista por até 90 dias para tentar recuperar os valores.