O Ministério de Minas e Energia (MME) deu aval para o Projeto Iracema Amônia Verde, empreendimento em Caucaia que pertence à empresa de energia renovável Casa dos Ventos. Com a autorização, o projeto poderá acessar a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional.
O acordo prevê a exportação de amônia verde produzida no Complexo do Pecém, no Ceará e integração da cadeia de abastecimento ao Porto de Roterdã. Planta tem potencial de produzir 2,4 milhões de toneladas de amônia por ano.
O Brasil ocupa um lugar de destaque no mercado de hidrogênio verde e amônia. É um dos poucos países do mundo cujas características da matriz renovável permitem a produção de um energético competitivo e em larga escala, bem como seus derivados. Levantamentos indicam que o mercado de hidrogênio verde pode movimentar entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões anuais até 2040.
Além da Casa dos Ventos, outras duas companhias já possuem licenciamento ambiental aprovado pelo órgãos estaduais e se aproxima de tornar pública sua decisão final de investimento (FID).
Na portaria publicada no final de julho, o acesso à Rede Básica do Sistema Interligado Nacional será feito a partir da divisão da Linha de Transmissão Pecém II, em Pacatuba, e na construção de extensões de Linha de Transmissão conectando ao barramento de 500 kV da Subestação Pecém III, entre outras medidas.
Intenção – Ministério de Minas e Energia
A intenção é atrair US$ 900 milhões na primeira etapa do projeto de construção de uma planta industrial com capacidade de produzir cerca de 378 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. A expectativa é que a produção máxima seja atendida até 2032.
De acordo com a portaria, assinada pela Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento, os estudos técnicos comprovaram que o projeto da empresa “atende aos critérios de mínimo custo global de interligação e reforço nas redes e está compatível com o planejamento da expansão do setor elétrico para um horizonte mínimo de cinco anos”.
A Casa dos Ventos também firmou um memorando de entendimento (MoU) com a Utilitas, empresa que atua no tratamento de água e efluentes. O objetivo do acordo é o fornecimento de água de reuso para o projeto de produção de hidrogênio por meio de eletrólise da água, com vazão prevista na contratação de até 1.500 m³/hora de água bruta de reuso.