No fim dos anos 1990, quando comprou o terreno onde hoje fica o Valparaíso Adventure Park, no Maranhão, José Carlos Madeira só estava procurando uma chácara em que a família pudesse passar os finais de semana em contato com a natureza. O executivo não imaginava que, quase 30 anos depois, o espaço se tornaria um complexo turístico de referência na região.
Embora o negócio não estivesse nos planos, ele pegou gosto pela vida de empresário e tem se movimentado para expandir ainda mais o conglomerado. O grupo acaba de dar início à construção de um resort, um investimento de R$ 40 milhões nos próximos três anos, com cerca de 160 unidades, a ser inaugurado ainda em 2024. Um segundo passo do projeto é adicionar o sistema de multipropriedade, para atrair os primeiros investidores externos. Com capital próprio, outros R$ 7 milhões serão aportados em novas atrações e brinquedos para o parque aquático.
Em 2023, o Valparaíso recebeu mais de 490 mil pessoas em seu complexo no Paço do Lumiar, há 20 quilômetros da capital São Luís. Quase metade desse público já é composta de assinantes, que proporcionam receita previsível ao empreendimento — os passaportes custam a partir de R$ 35,50 mensais.
“Quando a gente abriu o restaurante, não existia ainda a visão de crescer tanto, de ser algo de fato grande, como é hoje. Na época, eu só conhecia o Beach Park e era uma realidade distante”, conta Madeira. “Depois que virou parque, a grande virada veio quando pensamos em criar o passaporte, que é hoje uma assinatura. Esse volume de recursos se tornou bastante expressivo.”
O terreno modesto, arrematado por R$ 18 mil reais décadas atrás, passou a ser ampliado a partir de 2006, ganhou restaurante de comida típica, se tornou pesque-pague, depois parque aquático, e hoje se estabelece como parque de aventuras radicais, com atrações o ano todo. O negócio foi sendo construído com recursos próprios e empréstimos de fomento do Banco do Nordeste, que na época somaram algo em torno de R$ 300 mil.
Fonte: Pipeline