Com US$ 441,28 milhões, as exportações cearenses apresentaram um crescimento significativo de 506,5% em julho deste ano, comparado ao mês anterior. Já em comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 195%.
“A análise dos dados de Comércio Exterior do Ceará revelou que julho foi o melhor mês de 2024, no que se refere às exportações”, afirma Karina Frota, Gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) .
Os dados do Ceará em Comex, realizado pelo Centro Internacional de Negócios do Ceará, vinculado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), mostram as principais características que levaram a esse resultado. O documento aponta que esse aumento excessivo pode ser atribuído ao atraso nas atualizações dos registros.
“O resultado expressivo reflete a recuperação de setores tradicionais da nossa pauta e também as atualizações dos registros nos processos de exportação em setores como ferro e aço”. acrescenta Karina Frota.
De janeiro a junho deste ano, as exportações se mantiveram estáveis, o valor mensal das exportações variou entre US$ 97,45 milhões e US$ 110,85 milhões. Até o momento, o acumulado de exportações em 2024 atingiu US$ 1,03 bilhão, ou seja, uma diminuição de 13,3% em comparação ao mesmo período em 2023.
No acumulado do ano, as exportações de ferro e aço totalizaram US$ 533,60 milhões, representando uma queda de 16,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, o setor demonstrou uma recuperação significativa em julho, impulsionada pela regularização dos registros de exportação que haviam sido postergados nos meses anteriores. Esse ajuste foi crucial para a elevação dos números, com destaque para as exportações robustas para os Estados Unidos, que atingiram US$ 317,71 milhões.
Desempenho
No ranking nacional, o Ceará continua em 17ª posição nas exportações, com uma participação de mercado de 0,5%. No contexto regional do Nordeste, o Estado ocupa a 4ª posição tanto em exportações quanto em importações, com participações de 7,4% e 10,4%, respectivamente. Segundo a análise do Ceará em Comex, os dados reafirmam a importância econômica na região.
No acumulado do ano, os municípios cearenses que mais se destacaram nas exportações foram São Gonçalo do Amarante, responsável por 54,5% do total exportado pelo estado, Fortaleza, que contribuiu com 9,0%, e Sobral, que participou com 6,2%. No geral, os setores que mais contribuíram para o crescimento das exportações cearenses foram gorduras e óleos, com crescimento de 31,8%, peixes e crustáceos, com crescimento de 28,7% e combustíveis minerais, com crescimento de 25,4%.
Os principais destinos das exportações cearenses foram os Estados Unidos e México, que registraram uma retração de 2,5% e 64,6%, respectivamente. França que registrou um aumento de 86,2%, China com um aumento de 41,6% , Coreia do Sul com um impressionante aumento de 1.801,6% e os Países Baixos, que apresentaram uma queda de 0,9%.
Importações
O Estado importou um total de UU$ 1,69 bilhão em 2024, o que representa uma queda de 11,7% em comparação ao ano anterior. Entre os principais produtos importados estão: produtos laminados, com um crescimento de 45,1%; outros conversores elétricos estáticos (39,1%); outras gasolinas exceto para aviação (36,3%); outros trigos e misturas de trigos ( 12,1%) e células fotovoltaicas montadas em módulos ou painéis, com um crescimento de 10,9%. No cenário nacional de importações, o Ceará ocupa a 13° posição no país, com uma participação de 1,1%.