O Banco Central vendeu nesta terça-feira (18) um total de US$ 3 bilhões em leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) realizado durante a manhã, informou a autarquia em comunicado, no que foi a terceira intervenção cambial da gestão do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Na operação, que ocorreu de 10h30 às 10h35 e tem como data de recompra o dia 2 de outubro de 2025, o BC aceitou cinco propostas, a uma taxa de corte de 5,411%.
A venda foi realizada com base na taxa de câmbio da Ptax das 10h, que marcava R$ 5,7046.
Relembre outros leilões
No dia 29 de janeiro, a instituição vendeu outros US$ 2 bilhões, desta vez para rolagem de um vencimento em quatro de fevereiro.
Com o leilão de terça-feira concluído, o banco garante liquidez ao mercado e evita que a demanda adicional por dólares possa estressar as cotações da moeda norte-americana.
BC precisa de segurança ‘um pouco além do normal’, diz diretor
Considerando o cenário econômico com alto nível de incertezas, o BC (Banco Central) precisa de um nível de segurança um pouco além do normal no aperto monetário, avaliou o diretor de Política Monetária da autarquia, Nilton David.
David também avaliou que talvez o mercado tenha exagerado no nível do prêmio de risco que refletiu sobre os preços dos ativos brasileiros no final de 2024.
Além disso, o diretor afirmou, segundo o “InfoMoney”, que em um ambiente de incertezas, o BC se coloca na posição de minimizar riscos para alcançar a meta de inflação de 3%.
“Mas o ponto é que antes a gente estava num gol de 7 metros, o gol agora tem 12 metros. Então onde que eu tenho que me posicionar, né?”, disse o diretor do BC, durante evento na Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), em São Paulo. O executivo assumiu o cargo em janeiro e essa foi sua primeira declaração pública.