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O Brasil enfrenta um desafio para investir em poupança pelo terceiro ano consecutivo, com a queda da poupança

Carla Santiago por Carla Santiago
14 de março de 2025
em Negócios
O Brasil enfrenta um desafio para investir em poupança pelo terceiro ano consecutivo, com a queda da poupança

Fonte: iStock

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A taxa de poupança no Brasil caiu pelo 3º ano consecutivo e chegou a 14,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

A piora no indicador é reflexo da falta de controle dos gastos do governo, enquanto as famílias voltam a poupar menos em um cenário de inflação elevada e mais estímulos ao consumo, segundo os economistas ouvidos pela CNN.

O Brasil historicamente tem níveis baixos de poupança doméstica ao comparar com outras nações desenvolvidas, mas as sucessivas baixas levam o país a se descolar também do nível de poupança dos emergentes.

Para analistas consultados, o principal fator para isso vem da falta de perspectiva de ajuste nas contas públicas e de investimentos no país por parte do governo.

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“O governo ‘despoupa’ e tem déficits contínuos e crescentes. Assim, a gente acaba importando poupança ao buscar investimentos diretos no país, tentando trazer empresas estrangeiras para cá e até mesmo se utilizando de especulações do mercado para trazer investimentos internacionais”, afirmou Alexandre Espírito Santo, economista-chefe Way Investimentos.

O conceito da importação de poupança é utilizado para sinalizar a necessidade do Brasil de contar com a entrada de recursos de fora para tentar equilibrar as contas.

A dependência das commodities, por exemplo, é uma condição que proporciona voos de galinha de tempos em tempos, mas não possibilita um crescimento constante que permita poupar para investimentos internos no futuro, segundo os especialistas.

“Sem uma regra fiscal forte, ajustes nas contas públicas sérios e reformas estruturantes, que cortem os gastos com funcionalismo público e aliviem o orçamento, nós continuaremos a importar poupança nos próximos anos”, acrescentou Espírito Santo.

A correlação entre poupança e investimento é quase unânime entre economistas, mas a distinção entre causa e consequência dos dois elementos é alvo de debates no meio acadêmico.

No caso do Brasil, especialistas defendem que o país poderia registrar déficit nominal caso utilizasse a poupança para investimentos em infraestrutura, por exemplo, o que ajudaria o país a elevar a produção.

No entanto, os recursos que entram acabam sendo utilizados para reinvestir em juros do governo, com títulos gordos que servem para pagar e ajudar a rolar a dívida federal. Pouco acaba sendo destinado a investimentos.

Com esse pano de fundo, a taxa de poupança doméstica atingiu 14,5% em 2024 e chegou ao menor patamar desde 2019, antes da pandemia da Covid-19. O Brasil atingiu o mesmo nível em 2015, quase uma década atrás.

Famílias consomem mais e poupam menos

A falta de poupança também é uma realidade entre as famílias brasileiras. Nestes casos, o comportamento é justificado, em partes, pela inflação elevada, que afeta principalmente os mais pobres e não possibilita a criação de uma reserva com suas economias.

Além disso, o estímulo ao consumo historicamente cultuado no país, a maior disponibilidade de crédito na praça e a gastança do governo em anos próximos a eleições contribuem para que as famílias dificilmente consigam guardar dinheiro.

Neste cenário, o setor público e o setor privado acabam aumentando o consumo de modo desproporcional à elevação da renda.

Isso significa que as pessoas acabam retirando dinheiro de algum lugar para conseguir manter o nível de consumo alto, o que reflete em uma taxa de poupança menor.

“É uma escolha social: abrir mão de consumir agora para consumir no futuro. Sociedades diferentes fazem escolhas diferentes. Países da Ásia poupam 30%, na China, 40% do PIB, bem mais que o dobro de nós. São sociedades dispostas a segurar o consumo hoje para conseguir se desenvolver”, argumentou Armando Castelar, economista do FGV/Ibre, em entrevista ao CNN Money nesta última quinta-feira (13).

Rebeca Palis, coordenadora de contas públicas nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacou o comportamento consumista como o principal fator de colaboração para o avanço de 3,4% da atividade econômica em 2024.

“O consumo das famílias foi o que mais contribuiu para o crescimento [do PIB] do ano passado, favorecido pela melhoria do mercado de trabalho, tanto da ocupação quanto da remuneração”, explicou.

“Continuamos a ter os programas de transferência de renda para essas famílias e a continuidade do crescimento do crédito voltado para as pessoas físicas.”

Em razão da maior dificuldade enfrentada pelas famílias para conseguir se manter, os especialistas pontuaram que as mudanças necessárias para aumentar a taxa de poupança doméstica do país devem ser realizadas pelas administrações públicas.

“No Brasil, as medidas devem ser em um sentido para o setor público poupar mais. A poupança é de vários atores, como famílias e empresas, mas o governo é o grande ‘despoupador do país’. Precisa poupar mais e é quem tem mais instrumentos para isso”, declarou Castelar.

Pandemia

A pandemia da Covid-19 também influenciou o comportamento das famílias em relação à poupança.

Murilo Viana, especialista em finanças públicas, explica que houve um sentimento dominante de proteção no período, além de alterações de oferta e demanda em razão da proliferação do vírus então desconhecido.

“Tivemos um fenômeno global chamado de poupança forçada, em que basicamente as famílias tinham preferência de consumo por bens e serviços, mas guardaram os recursos pela incerteza sobre o futuro, além da falta de oferta por causa do isolamento, disse o especialista”, disse o especialista.

“A poupança forçada não aconteceu só no Brasil, foi global, mas explica o porquê as famílias passaram a poupar mais a partir de 2020 e como essa poupança foi utilizada nos anos seguintes”, concluiu.

 

Tags: negócios

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