A economia cearense deverá receber, até o fim de 2024, a título de 13° salário, injeção de R$ 8,8,22 bilhões, aproximadamente 2,16% do total do Brasil e 16,11% da região Nordeste. Esse montante representa em torno de 3,2% do PIB estadual. A média de valores por pessoa é estimada em R$ 2.314,69.As estimativas são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo os cálculos, 3,16 milhões de pessoas devem receber o 13º no Estado. Em relação à região Nordeste, corresponde a 16,39%. Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 55,9%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 44,1%.
O emprego doméstico com carteira assinada responde por 0,9%.
Os valores que cada segmento receberá estão distribuídos da seguinte forma: os empregados formalizados ficam com (R$ 5,39 bilhões) e os beneficiários do INSS, com (R$ 2085 bilhões).
Em 2023, oDieese estimou que o pagamento do 13º salário deveria movimentar cerca de R$ 7 bilhões na economia cearense, com o valor médio do abono em R$ 2.163,65.
Brasil
No Brasil, o pagamento do 13º salário tem o potencial de injetar na economia brasileira cerca de R$ 321,4 bilhões. Este montante representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios.
Cerca de 92,2 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional, em média, de R$ 3.096,78. Desse total, 56,9 milhões, ou 61,7% do total, são trabalhadores no mercado formal, entre eles, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada, que somam 1,4 milhão de pessoas, correspondente a 1,6% do conjunto de beneficiários.
Os aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS) equivalem a 34,2 milhões de beneficiários, ou 37,1% do total. Além desses, aproximadamente 1,1 milhão de pessoas (ou 1,2% do total) são aposentadas e beneficiárias de pensão da União (Regime Próprio). Há ainda um grupo constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (regimes próprios) que vai receber o 13º e que não pode ser quantificado.
Do montante a ser pago como 13º, aproximadamente R$ 214 bilhões, ou 66% do total, irão para os empregados formais, incluindo os trabalhadores domésticos. Outros 33,3% dos R$ 321 bilhões, ou seja, cerca de R$ 107 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas.
Considerando apenas os beneficiários do INSS, são 34,2 milhões de pessoas, que receberão R$ 60,1 bilhões. Aos aposentados e pensionistas da União serão destinados R$ 11,03 bilhões (3,4%); aos aposentados e pensionistas dos estados, R$ 19,1 bilhões (5,9%); e aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 16,8 bilhões (5,2%).
Distribuição por região
A parcela mais expressiva do 13º salário (50,1%) deve ser paga nos estados do Sudeste, região com maior participação relativa no PIB do país e que concentra a maioria dos empregos formais e aposentados e pensionistas. No Sul, devem ser pagos 16,7% do montante e no Nordeste, 15,9%. Já as regiões Centro-Oeste e Norte respondem, respectivamente, 9% e 5%.
Os beneficiários do Regime Próprio da União receberão 3,4% do montante e podem estar em qualquer região do País.
O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 5.665) e o menor, no Maranhão e Piauí, o equivalente a cerca de R$ 2 mil. Essas médias, entretanto, não incluem o pessoal aposentado pelo Regime Próprio dos estados e dos municípios, pois não foi possível obter esses dados.