Na volta da Bolsa brasileira após os dias de Carnaval, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4), junto com outras petroleiras, estão em queda forte refletindo os impactos da queda nos preços do petróleo. Com o tombo, o valor de mercado da estatal chegou ao menor nível desde junho de 2024, a R$ 473,6 bilhões.
Considerando apenas o último pregão, na última sexta-feira (28), e nesta última quarta-feira (5), a Petrobras perdeu R$ 18 bilhões em valor de mercado. Os preços de referência do petróleo – WTI e Brent – despencaram no mercado externo nesta sessão, recuam mais de 2%.
Pela terceira sessão seguida, os preços do petróleo recuam com os investidores preocupados com os planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados — grupo conhecido como Opep+ — de prosseguir com os aumentos de produção em abril.
Petrobras (PETR4): Campo de Mero atinge recorde de produção de petróleo
O Campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, atingiu um recorde de produção de 500 mil barris por dia nesta última sexta-feira (28), segundo informações da Petrobras (PETR4). Com essa marca, o campo se torna o terceiro da estatal a superar esse patamar.
Mero está localizado no bloco de Libra, em águas ultraprofundas (a 2.100 metros de profundidade), a 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.
O bloco foi arrematado em 2013 pelo Consórcio de Libra, no qual a Petrobras é a operadora, com 38,6% de participação, em parceria com a Shell Brasil (19,3%), a TotalEnergies (19,3%), as chinesas CNOOC (9,65%) e CNPC (9,65%), além da Pré-Sal Petróleo (PPSA) (3,5%), que representa a União. Esse foi o primeiro contrato firmado no regime de partilha de produção no Brasil.
Na última segunda-feira (24), a Petrobras também comunicou o recorde de 800 mil barris no Campo de Búzios, igualmente localizado no pré-sal da Bacia de Santos, após a entrada em operação da plataforma Almirante Tamandaré, conforme apuração do “Valor Econômico”. Segundo a estatal, o pré-sal responde atualmente por 81% da produção total da companhia.