A Pfizer (PFE; NYSE) divulgou, na semana passada, suas metas financeiras para 2024, incluindo o impacto financeiro esperado pela compra da Seagen, por US$ 43 bilhões, confirmada nesta terça-feira (12) após a companhia obter as aprovações regulatórias necessárias.
A farmacêutica espera que as receitas do próximo ano fiquem na faixa entre US$ 58,5 bilhões e US$ 61,5 bilhões — praticamente idênticas às projeções de faturamento para 2023, divulgadas em outubro (US$ 58 a US$ 61 bilhões).
Nas negociações de Nova York, as ações da Pfizer caem cerca de 7% nesta manhã, a US$ 26,37. Segundo reportagem da MarketWatch, é a maior queda da ação em 15 anos. No acumulado do ano, a farmacêutica já perdeu 44%, enquanto o S&P 500 subiu 21%.
Na projeção para 2024 os números incluem US$ 8 bilhões em receitas previstas com a Comirnaty (nome comercial da vacina bivalente contra a covid-19) e o Paxlovid (antiviral utilizado no tratamento da covid-19 em estágios mais avançados).
Além disso, a companhia também espera US$ 3,1 bilhões em receitas antecipadas da Seagen e aproximadamente US$ 1 bilhão relacionado a repactuação de royalties e outras deduções.
As projeções da empresa, no entanto, ficaram abaixo da média projetada pelos investidores de Wall Street, compilada pela consultoria FactSet, de US$ 62,6 bilhões em 2024.
A Seagen é uma empresa americana de biotecnologia focada no desenvolvimento e na comercialização de terapias para o tratamento de câncer. As terapias são baseadas em proteínas circulantes no sangue que ajudam a reconhecer e combater organismos invasores, agindo diretamente no foco da doença no corpo humano.
A Pfizer divulgou também que projetou um crescimento de 8% a 10% em sua receita operacional para 2024 incluindo a Seagen, e de 3% a 5%, se excluir a contribuição da nova empresa adquirida.
Em relação ao lucro líquido ajustado – sem efeitos não recorrentes, a Pfizer projeta ganhos entre US$ 2,05 a US$ 2,25 por ação. A mediana compilada pela FactSet esperava por um ganho de US$ 3,17 por ação.
“Esperamos que o nosso programa de realinhamento de custos proporcione poupanças de pelo menos US$ 4 bilhões até ao final de 2024, o que nos coloca no caminho para potencialmente recuperar as nossas margens operacionais pré-pandemia”, afirmou Albert Bourla, presidente da companhia em comunicado.
Fonte: Valor Investe