Até 2027, o Pix, o sistema de pagamento instantâneo que caiu no gosto dos brasileiros, acabará com a supremacia dos cartões de crédito como o principal meio de pagamento nas compras online. A previsão é da consultoria Oliver Wyman, que estima que a fatia das transações online pagas com cartões cairá dos atuais 40% para 27% nesse intervalo. Já o Pix subirá dos atuais 30% para 50%, puxado pelo Pix parcelado, também conhecido como Pix garantido.
Ainda sem previsão de lançamento oficial pelo Banco Central, responsável por desenvolvê-lo, o Pix parcelado já é testado por bancos e financeiras como uma alternativa para que os clientes façam suas compras. Para os consumidores e os lojistas, a vantagem é eliminar as tarifas cobradas pelas bandeiras de cartões, o que deve baratear os custos de transação.
A Oliver Wyman destaca ainda outras mudanças no varejo on-line. Uma delas é o social commerce: o uso das redes sociais como canais de venda de produtos e serviços. Outra é o aprofundamento da omnicanalidade, isto é, a estratégia das varejistas de integrar os canais físicos e digitais de vendas.
O Pix foi responsável por 30% dos pagamentos feitos no e-commerce em 2023. Esse percentual deve chegar a 50% em 2027, assumindo o primeiro lugar no ranking, à frente dos cartões de crédito. O crescimento do Pix no e-commerce entre 2022 e 2023 foi de 49%. O tamanho do e-commerce no país é US$ 95 bilhões, o 10o. maior do mundo. As conclusões são do estudo “The Global Payments Report 2024”, realizado pela Worldpay.
O Pix é enquadrado dentro da modalidade A2A – ou “pagamentos conta a conta”, em português. Vários países oferecem sistemas semelhantes, mas em nenhum deles o sucesso foi tão grande quanto o do Pix. Segundo o estudo, esse tipo de pagamento representa apenas 7% do e-commerce globalmente, ante 30% no Brasil.