O Pix superou o dinheiro em espécie e se tornou a forma de pagamento utilizada com maior frequência pelos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada nesta última quarta-feira pelo Banco Central (BC). Segundo a pesquisa, o serviço de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central é utilizado com maior frequência para 46% dos respondentes. Além disso, 76,4% da população já usa o Pix.
O Pix foi lançado em novembro de 2020. Mesmo assim, na última edição da pesquisa, em 2021, o meio de pagamento já era usado por 46% da população, mas só era o favorito de 17%.
A pesquisa ouviu duas mil pessoas entre 28/5 e 1/7/2024. Segundo o BC, seu nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,1%.
Atrás do Pix vem o cartão de débito, utilizado por 69,1% da população e é o mais frequente para 17,4%.
Antes da popularização do Pix, em 2021 as cédulas e moedas eram a principal forma de pagamento para 41,7% dos brasileiros e utilizado por 83,6% da população. Atualmente o dinheiro em espécie é o meio de pagamento preferido de 22% dos brasileiros, usado por 68,9% dos respondentes.
— É a primeira pesquisa que mostra o Pix como principal meio de pagamento. Isso mostra o avanço da agenda do BC de inclusão digital. A tendência é o aumento da participação do Pix nos próximos anos, com o o Pix automático, possibilidade de parcelamento e Pix por aproximação. A próxima pesquisa vai mostrar um novo mapa, como, por exemplo, o avanço do Pix em relação ao cartão de crédito — disse o diretor de Administração do BC, Rodrigo Teixeira.
A pesquisa ainda aponta que o dinheiro em espécie é usado com maior frequência entre aqueles que possuem menor renda: 75% das pessoas que recebem até dois salários mínimos e 69% entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos.
Depois do dinheiro, os cartões de débito e crédito aparecem como forma de pagamento favorito. O cartão de crédito, inclusive, é a forma de pagamento usada com maior frequência nos estabelecimentos comerciais, na visão dos caixas (42% do total).