O robusto relatório do PMI divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos traz uma maior confiança para sua economia e coloca sobre a mesa as perspectivas que os membros do órgão regulador americano podem sinalizar em relação à reunião de junho, considerando hoje uma redução com uma probabilidade de 65%.
A semana começa mostrando um maior otimismo para o dólar em comparação com as moedas da região, colocando uma pausa no desenvolvimento baixista que anteriormente indicava a desconfiança em relação à economia dos Estados Unidos e a firmeza em torno do processo de flexibilização monetária prometido pelo Fed para este ano, com cortes que podem chegar a um total de 75 pontos-base.
O cenário macroeconômico continua sendo favorável para a região, considerando relatórios sólidos que proporcionam maior confiança, juntamente com o impulso que poderia ser proporcionado pelo grau de flexibilidade adotado por seus bancos centrais.
No Brasil, a atenção está voltada para o desempenho das commodities devido aos melhores resultados indicados no setor privado chinês, que permitem prever melhores perspectivas de demanda, como por exemplo para o petróleo, que sobe para mais de US $ 84 o barril, fornecendo características otimistas para a indústria e, junto com isso, maiores e melhores receitas fiscais para os países exportadores da matéria.
Apesar das boas notícias para o setor petrolífero, o real perde novamente terreno em relação ao dólar e já está cotando acima de US $5, no entanto, sinais de exaustão nesse processo de alta que vem ocorrendo desde o final de dezembro podem proporcionar um maior otimismo para a moeda brasileira, que permanece atenta ao relatório de NFP e desemprego nos Estados Unidos ao final da semana, dados que poderiam indicar novamente um cenário menos robusto para o setor.
Artigo por Renato Campos – Latam Senior Market Analyst da Hantec Markets