A empresa de fast fashion Shein apresentou confidencialmente uma solicitação junto aos reguladores do mercado de ações dos EUA para realizar uma oferta pública inicial de ações. De acordo com uma fonte familiarizada com os planos, a entrada da gigante chinesa do comércio eletrônico na bolsa americana está programada para o próximo ano, conforme relatado pela agência Bloomberg.
A varejista online está recebendo assessoria dos bancos americanos Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley, de acordo com a mesma fonte. Tanto a Shein quanto os bancos envolvidos se abstiveram de comentar a informação, que foi divulgada inicialmente pelo Shanghai Securities News.
Caso seja confirmada, a inclusão da Shein na lista de empresas cotadas em bolsa se destacaria como uma das maiores da última década. De acordo com o Wall Street Journal, a previsão é de que mais empresas optem por ofertas públicas iniciais (IPOs) no próximo ano, buscando reverter dois anos consecutivos de baixa atividade nesse contexto no mercado de ações.
No início deste ano, a avaliação da Shein atingiu os 66 bilhões de dólares (equivalente a 323 bilhões de reais na cotação atual), e a possível entrada da empresa no mercado acionário dos Estados Unidos é apontada como um evento que pode gerar agitação em Wall Street, de acordo com os destaques do jornal.
A empresa, reconhecida por suas expressivas vendas de vestuário a preços bastante acessíveis, registrou receitas de 23 bilhões de dólares (equivalente a 112,5 bilhões de reais) e um lucro líquido de 800 milhões de dólares (equivalente a 3,9 bilhões de reais) em 2022, de acordo com informações divulgadas pelo WSJ. Além disso, a Shein comunicou aos seus investidores que alcançou resultados recordes nos primeiros três trimestres de 2023, segundo o jornal.