A Transnordestina, uma das maiores iniciativas de infraestrutura do Brasil, poderá ser concluída até inicio de 2028. O diretor de operações da Marquise Infraestrutura, responsável pela obra, concedeu uma entrevista à imprensa, na manhã de hoje, revelando detalhes do projeto. Com previsão de conclusão dos trechos 4, 5 e 6 das até abril de 2026, a Transnordestina seguirá em direção a Itapiúna, no Ceará. “A obra será entregue em março ou abril de 2026, do mesmo modo que entregamos o lote 3 dentro do prazo que tínhamos para fazer”, explica. Em relação à continuidade das obras, Renan Carvalho destacou que a Transnordestina Logística abriu uma concorrência para a execução dos trechos 7 (de Quixadá a Itapiúna) e 11 (da BR-222 até o Porto do Pecém). “Se pegarmos esses outros lotes no ano que vem, entregaremos com certeza no final de 2027 ou início de 2028”, afirma.
Os números apresentados por Renan Carvalho mostram que a obra envolve um volume significativo de escavação nos seis lotes, totalizando 20 milhões de metros cúbicos. Além disso, a quantidade de aço já utilizada no projeto chega a 7.500 toneladas. Uma das grandes conquistas recentes foi a conclusão da ponte sobre o rio Jaguaribe, que se estende por 800 metros. No total, as pontes já construídas ou em construção nos primeiros seis trechos do empreendimento somam 4.500 metros, equivalente a 50% da altura do Monte Everest.
“Metade da obra da Transnordestina entre Salgueiro (PE) e Pecém está concluída ou em construção. Estamos trabalhando em tempo integral e em algumas áreas esse trabalho ocupa os três turnos”, afirmou Carvalho. A equipe conta com cerca de duas mil pessoas no local, incluindo engenheiros e técnicos.
O uso de explosivos também é significativo, no geral, já foram utilizados e estão programados para uso cerca de 4 milhões de quilos, com a energia liberada equivalente à propulsão de 225 foguetes Starship da SpaceX. Semanalmente, são realizadas em média 8 detonações nos lotes ativos, cada uma movimentando cerca de 20 mil toneladas de rocha.
Para atender às demandas hídricas da obra, foram perfurados 30 poços profundos com uma vazão média de 10 mil litros por hora. As caçambas que operam no local realizam diariamente aproximadamente 1.700 viagens, transportando um total de 30 mil metros cúbicos por dia.
Além disso, a Marquise Infraestrutura mantém três usinas de concreto que produzem cerca de 220 metros cúbicos diários. O volume total de concreto utilizado nas obras já alcança 67 mil metros cúbicos.
Ferramentas tecnológicas
Uma das inovações mais notáveis é o uso de drones para o acompanhamento do desenvolvimento da obra. Esses equipamentos permitem uma visão panorâmica e detalhada do canteiro de obras, facilitando a identificação de problemas e a tomada de decisões em tempo real. Além disso, para garantir uma gestão eficaz dos recursos, a Marquise Infraestrutura implementou aplicativos que permitem o mapeamento dos equipamentos utilizados. Essa digitalização dos processos contribui para uma melhor alocação de recursos, minimizando desperdícios e aumentando a produtividade.
“ O drone está a serviço da gestão da obra para nos ajudar no gerenciamento. Nós temos um aplicativo também que a gente usa para mapeamento de equipamentos, apropriação que é o seguinte, o funcionário está na sala dele lá na Central Tech, e ao mesmo tempo ele vai estar administrando os 500 equipamentos que tem na obra”, ressalta o executivo.