Em 2013, a investidora norte-americana Aileen Lee cunhou o termo “unicórnios” para designar startups avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares, mas para essas empresas assumirem este posto são necessários três requisitos indispensáveis: tecnologia, escalabilidade e crescimento acelerado.
Deste então, o termo popularidade e, a partir de maio de 2017, o Brasil começou a ganhar os seus primeiros unicórnios brasileiros. O país se classifica entre os 10 países com o maior número de startups avaliadas acima de US$1 bi, com uma relação total de 19 unicórnios em meio a um registro de mais de 13.500 startups em todo o país.
Os países com mais startups unicórnios
Especialmente no mundo tecnológico, investidores estão sempre em busca do próximo unicórnio, e o país onde existem maiores chances para encontrar empresas com esse potencial é os Estados Unidos, com 712 unicórnios em abril de 2023 seguido pela China, em segundo lugar, com 248.
Em fevereiro de 2022, o mundo atingiu a marca de 1000 unicórnios. Atualmente, existem mais de 1.000 startups no planeta que valem mais de US$ 1 bilhão, de acordo com a consultoria CB Insights. Juntos, eles valem mais de US$ 3,2 trilhões. Esta é uma marca interessante por vários motivos, até porque afeta investidores individuais em escala global.
Startups mais valiosas do mundo
Em 2021, dentre as startups mais valorizadas do mundo, estava a fintech Nubank com o valuation de 25 U$ bilhões. No primeiro lugar, como a empresa com maior valuation estava a empresa de IA Bytedance. Ela é a empresa-mãe do TikTok, que é considerada uma das mais promissoras do mundo e foi avaliada em US$ 140 bilhões na época. Ocupando a segunda posição, está a startup SpaceX de Elon Musk, que foi avaliada em US$ 74 bilhões na lista de unicórnios.
Para 2023 o cenário mudou bastante. As empresas ByteDance e SpaceX continuam na liderança, porém o Top 10 ganhou novos protagonistas, incluindo a saída da brasileira Nubank que ocupava o 5° lugar no ranking do ano passado.
Empresas que mais compram startups
A Magazine Luiza é a empresa brasileira que mais comprou startups na América Latina, segundo a Sling Hub, plataforma de inteligência de dados em inovação.
A argentina Mercado Livre também está na lista, ao lado de outras sete companhias brasileiras como B2W (Americanas), Locaweb e Méliuz.
O estudo reúne dados de 24.409 startups e 656 investidores em países como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai. Os dados apontam para um recorde neste ano na região. Até agosto, 195 startups latinas entraram em processos de fusão e aquisição.
No ano passado, ocorreram 200 acordos desse tipo, e 83% das startups adquiridas foram brasileiras.
A Magalu, investiu em muitas empresas e startups no último ano, ao se tornar dona de mais cinco delas. Entre outros motivos para isso, a rede de lojas nutre o plano de criar um “superapp”, ou seja, um aplicativo que concentra serviços de diversos setores, como ocorre com as gigantes chinesas do comércio digital como Baidu e WeChat.
Qual o tempo médio para uma startup se tornar unicórnio?
Percebe-se que a maioria das startups unicórnios da primeira geração foram fundados a partir de 2011. Tendo maior concentração no ano seguinte. Olhando para esses padrões de captação, o tempo médio para a primeiro geração se tornar unicórnio é de 6,9 anos, segundo report ‘Corrida dos Unicórnios 2022’ da Distrito.
Nessa outra geração pode-se observar a movimentação de três grupos do ecossistema de inovação. O primeiro grupo é formado por startups mais antigas que olharam para o mercado de Venture Capital como oportunidade para expandir suas operações, aproveitando para surfar na onda desse aquecimento do mercado, como alternativa a usar recursos próprios para crescer.
Enquanto isso, o segundo grupo consiste em startups que foram fundadas nos mesmos anos das startups da primeira geração, mas que levaram um pouco mais de tempo para atingir valuation bilionário. Por último, estão as novas startups que estão conseguindo tornar-se unicórinio em um período de tempo cada vez menor, encontrando um caminho mais aberto devido aos cases de sucesso anteriores.
Desde que o aplicativo de transporte 99 se tornou o primeiro unicórnio brasileiro, em 2018, nunca surgiram tantos em apenas um ano no Brasil. Para o ecossistema de inovação brasileiro, o ano de 2021 teve um valor recorde de investimento. As startups brasileiras arrecadaram mais de US$ 9,7 bilhões em investimentos até novembro.
Esse fenômeno levou o Brasil a atualizar sua lista de unicórnios com 10 novas startups somente em 2021. Entre os candidatos a unicórnio em 2022 estão fintechs, healthtechs e edtechs, que podem se tornar as primeiras representantes a valer mais de US$ 1 bilhão, segundo o site Startups e CB Insights.
Confira a lista completa a seguir:
1 – Alice;
2 – Beep;
3 – Cora;
4 – Descomplica;
5 – Kovi;
6 – Neon;
7 – Trybe.
As startups que mais crescem
Foi levado em considerado na pesquisa, o Linkedin, ou seja, dados como: o engajamento de usuários com a empresa e seus funcionários; Crescimento no número de funcionários; Atração de profissionais; e Interesse por vagas.
E então, temos os maiores Unicórnios Brasileiros, onde podemos destacar:
1 – 99: aplicativo de transporte individual;
2 – PagSeguro, Stone e Dock: empresas de serviços financeiros;
3 – Nubank, Neon e C6 Bank: bancos digitais do país;
4 – Arco Educação: software educacional;
5 – iFood: plataforma de delivery de comida pela internet;
6 – Movile: empresa por trás da criação do iFood, PlayKids, Sympla e outros;
7 – Gympass: plataforma de acesso a academias e estúdios para atividades físicas;
8 – Loggi: plataforma para entregas via motoboys;
9 – QuintoAndar e Loft: plataformas voltadas ao ramo imobiliário;
10 – Hotmart: plataforma online para distribuição e vendas de produtos.
Na lista se destacam também: Wildlife Studios, de jogos mobile; a Ebanx que traz solução para que empresas internacionais possam receber pagamentos do Brasil; a Mercado Bitcoin para negociação de criptomoedas; Unico com soluções de biometria facial e admissão digital; Nuvemshop, Facily e Olist voltadas ao comércio digital (e-commerce); Frete.com, que conecta transportadoras a caminhoneiros para o transporte de carga em todo o país; CloudWalk com soluções de pagamentos; Daki de entrega ultrarrápida de mercado; Merama, uma empresa de aceleração de marcas em plataformas digitais