O Goldman Sachs cortou seu preço-alvo para os recibos de ações (ADRs) Vale para de US$ 18,50 para US$ 16 e reiterou sua recomendação de compra, refletindo preços de referência mais baixos do minério de ferro e produção e vendas sazonalmente mais fracas, impactando também a diluição dos custos fixos, além do aumento de ruídos políticos.
Os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques escrevem que e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do primeiro trimestre da Vale deve cair 50% em base trimestral para US$ 3,4 bilhões, e o Ebitda de 2024 como um todo deve somar US$ 14,1 bilhões, queda de 26% ante a projeção anterior.
Segundo eles, embora a visibilidade em torno do ruído político permaneça baixa, a pressão sobre os preços do minério de ferro deve ser limitada, e um ambiente de demanda mais favorável em terra (onshore) deve prevalecer no segundo trimestre. A previsão é de preço médio de US$ 105 por tonelada durante o restante do ano, dizem.
Entre os ruídos políticos, os analistas destacam as notícias sobre um acordo final com a Samarco, a renovação da concessão de ferrovias, a suspensão da licença de operação da mina Onça Puma, no Pará, e as notícias sobre interferências políticas na sucessão do diretor-presidente da companhia.
Fonte: Valor Investe