Não é segredo que a Stanley, empresa que promete manter a temperatura das bebidas por longos períodos, se tornou um fenômeno. A marca atingiu US$ 750 milhões em vendas em 2023, contra US$ 70 milhões em vendas em 2019, principalmente devido às vendas de garrafas de Quencher — linha que havia sido descontinuada naquele ano.
Contudo, o sucesso da organização não foi repentino, diz Kai Ravariere, cofundadora da consultoria de crescimento Next Level Ambitions e colunista do Inc. Ela cita alguns fatores que fizeram a empresa atingir esse nível de popularidade.
1. Stanley estava aberta ao feedback e fez mudanças no negócio
Em 29, um blog chamado The Buy Guide se tornou um grande fã da empresa e apresentou seus produtos em seu site. Ele descobriu que o copo Quencher tinha um enorme potencial para mulheres — um grupo de potenciais clientes em que Stanley não havia se concentrado anteriormente.
Os fundadores do The Buy Guide entraram em contato com a Stanley, que reformulou a marca e renovou o marketing para atender a esse público. Com isso, as campanhas passaram a não focar apenas no uso dos copos em acampamentos, caminhadas e pesca — mas também para usos diários, como compras em supermercado e idas ao trabalho.
A empresa realizou mudanças nos produtos, com novas cores e opções de design que se adequassem a diferentes propostas.
2. Stanley apostou em marketing de afiliados e influenciadores
A empresa apostou em parcerias com afiliados e influenciadores para as vendas do Quencher. O The Buy Guide, citado no item anterior, foi um afiliado fundamental no envio a uma equipe de influenciadores.
“Ao usar conteúdo de unboxing, demonstração e estilo do dia a dia nas mídias sociais, que se concentrava fortemente nos benefícios e recursos do produto, como versatilidade e durabilidade, Stanley desfrutou de níveis enormes de reconhecimento da marca e de vendas”, diz Ravarieri.
Entretanto, a colunista acrescenta que a empresa não tem grande orçamento para pagar os influenciadores. A Stanley recompensa os embaixadores da sua marca, que considera seus verdadeiros fãs, com comissões quando falam organicamente sobre o seu produto. Isso promove um entusiasmo que parece mais autêntico.
3. Stanley abraçou a escassez
O modelo de atendimento da Stanley também mudou ao longo do tempo. Agora, a empresa foca em lançamentos de coleções limitadas, principalmente porque ainda não possuía dados suficientes para ter uma noção da demanda.
“Esta é uma forma comprovada de testar o terreno tanto para marcas empresariais quanto para iniciantes, em que edições limitadas, coleções e colaborações em quantidade limitada muitas vezes provocam filas de compradores esperançosos e entusiasmados clamando para comprar de você antes que o produto se esgote”, diz a colunista.
Com isso, os copos da Stanley se tornaram artigos colecionáveis: “Inúmeras mulheres colecionam e possuem dezenas de copos Stanley em várias cores, compram, vendem e trocam-nos para obter cores raras. A mudança para um modelo de edição limitada criou tanta escassez que deu origem a uma comunidade inteira”.
Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios