A moeda americana subiu cerca de 17% neste ano, chegando a R$ 5,70. A valorização do dólar em relação ao real foi influenciada por vários fatores, um dos quais é a expectativa de juros mais altos nos Estados Unidos. O mercado espera que o Federal Reserve mantenha os juros elevados por mais tempo devido à inflação persistente nos Estados Unidos. Isso atrairá investidores para os títulos do Tesouro americano e aumentará a valorização do dólar.
Outra consideração significativa são as preocupações fiscais no Brasil. Os investidores não estão confiantes sobre a determinação do governo de reduzir os gastos públicos devido às recentes declarações do presidente Lula. Isso faz com que a percepção de risco do país aumente e reduz a valorização do real.
Além disso, as críticas do presidente ao Banco Central e ao seu presidente, Roberto Campos Neto, contribuíram para a queda do real, pois criam incerteza sobre como a política monetária deve ser conduzida. A valorização do dólar também reflete as circunstâncias internacionais, incluindo as eleições na Europa e nos Estados Unidos, bem como a alta dos preços do petróleo, que tem um impacto direto na economia brasileira.
Por fim, os juros mais altos nos EUA, os problemas fiscais no Brasil, a tensão entre o governo e o Banco Central e fatores externos têm pressionado o real e impulsionado a valorização do dólar nos últimos meses. Se o governo não demonstrar compromisso com o ajuste fiscal e a autoridade do Banco Central for enfraquecida, os analistas alertam que o dólar pode cair.