O Nubank anunciou, no final da tarde de terça-feira (14), um lucro líquido de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre de 2024, significando um aumento de 160% em relação ao mesmo período de 2023, encerrando a temporada de divulgação de balanços dos principais bancos do Brasil.
O lucro líquido ajustado atingiu US$ 442,7 milhões, registrando um crescimento de 136% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, as receitas atingiram um novo patamar recorde, alcançando US$ 2,7 bilhões, representando uma alta de 64% em comparação com o primeiro trimestre de 2023. As projeções compiladas pela LSEG apontavam, em média, um lucro líquido de US$ 404,8 milhões.
A Receita Média Mensal por Cliente Ativo (ARPAC), expressa em dólares, teve uma elevação de 30% em relação de 2023, atingindo US$ 11,40. Enquanto isso, o Custo Médio Mensal de Serviço por Cliente Ativo permaneceu inalterado em US$ 0,90. Em termos de rentabilidade, o Nubank manteve um robusto Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) anualizado de 23%, consistente com o apresentado no último trimestre de 2023, mais uma vez superando seus concorrentes, incluindo o Itaú. O ROE anualizado ajustado foi de 27%.
David Vélez, fundador e presidente-executivo do Nubank, destacou que os resultados do primeiro trimestre de 2024 demonstram como o modelo de negócios da empresa é impulsionado não apenas pela expansão da receita, mas também pela manutenção de custos estáveis por cliente.
A receita da plataforma de serviços financeiros aumentou 64% em relação ao ano anterior, conseguindo US$ 2,7 bilhões nos meses de janeiro a março, após ajustes cambiais. O custo médio mensal de atendimento por cliente ativo permaneceu estável em US$ 0,90, evidenciando a eficiência operacional do modelo de negócios, conforme destacado pelo Nubank. De acordo com o relatório de resultados, a carteira de crédito total do Nubank cresceu para US$ 19,6 bilhões no período, em comparação com US$ 12,8 bilhões no primeiro trimestre do ano passado.
No Brasil, o índice de inadimplência (NPL) acima de 90 dias foi registrado em 6,3%, enquanto o indicador para o período de 15 a 90 dias ficou em 5%, mantendo-se em linha com as expectativas e padrões sazonais históricos, de acordo com informações fornecidas pela empresa. O Nubank observou em comunicado que, ao focar exclusivamente nos saldos de rendimentos de juros e excluir o crédito, o NPL tem apresentado uma tendência significativamente descendente tanto para o período de 15 a 90 dias quanto para acima de 90 dias.
Ao final do trimestre, o Nubank contabilizou um total de 99,3 milhões de clientes, com a adição de 5,5 milhões de novos clientes no primeiro trimestre de 2024, solidificando sua posição como a quarta maior instituição financeira da América Latina. O número de clientes ativos alcançou 82,6 milhões, representando um aumento de 27% em relação a 2023. Além disso, na semana passada, o banco anunciou ter ultrapassado a marca de 100 milhões de clientes.
No release de resultados, o CEO David Vélez ressaltou que no primeiro trimestre a empresa obteve resultados notáveis tanto em termos operacionais quanto financeiros. Ele atribui essa conquista ao compromisso da empresa com uma estratégia simples de criação de valor, que se concentra no rápido crescimento do número de clientes, na elevação das receitas por cliente e na otimização dos custos operacionais, resultando em resultados excepcionais.
Vélez também enfatizou o rápido crescimento do Nubank no México, com a adição de 1,5 milhão de clientes no primeiro trimestre. Ele observa que esse progresso foi ainda mais rápido do que o observado no Brasil em períodos comparáveis. No primeiro trimestre, o Nubank atingiu um total de 6,6 milhões de clientes no México, representando uma participação de mercado de 5,1%. Em comparação, no mesmo período de tempo desde o início das operações no Brasil, o Nubank havia alcançado 6 milhões de clientes, com uma participação de mercado de 3,0%.