A empresa multinacional de tecnologia Nvidia informou em um documento regulatório esta semana que os Estados Unidos ampliaram as restrições à exportação de chips avançados de IA da Nvidia para outras regiões fora da China, incluindo alguns países do Oriente Médio.
Os controles de exportação são geralmente impostos pelas autoridades dos EUA por razões de segurança nacional. O amplo conjunto de regras, anunciado em outubro de 2022, marcou uma escalada acentuada da repressão dos EUA às capacidades tecnológicas da China, mas os riscos colocados pelas exportações para o Oriente Médio não ficaram claros.
A empresa não divulgou quais países do continente foram afetados. A maior parte dos US$ 13,5 bilhões em vendas da empresa no trimestre fiscal encerrado em 30 de julho dos Estados Unidos, China e Taiwan. Cerca de 13,9% das vendas vêm de todos os outros países. Não foram fornecidos detalhes sobre a receita no Oriente Médio.
“Durante o segundo trimestre do ano fiscal de 2024, o USG (governo dos EUA) nos informou sobre um requisito de licenciamento adicional para um subconjunto de produtos A100 e H100 destinados a determinados clientes e outras regiões, incluindo alguns países do Oriente Médio”, destacou a empresa.
Em 2022, a Nvidia afirmou que as autoridades dos EUA pediram para interromper as exportações para a China dos dois chips de computador utilizados em trabalhos que envolviam inteligência artificial. A medida foi vista como uma redução potencial da capacidade das empresas chinesas de realizar trabalhos avançados, como reconhecimento de imagem. Os anúncios que ocorreram neste período foram na mesma época em que aumentaram as tensões sobre o destino de Taiwan, país onde são fabricados chips para a Nvidia e quase todas as outras grandes empresas de chips.