Na quarta-feira (10), a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos deu o aval para um conjunto de 11 ETFs (Exchange-Traded Funds) vinculados ao Bitcoin (BTC). Entre esses, encontram-se produtos de gestoras renomadas, como BlackRock, Ark Invest, Fidelity, e a brasileira Hashdex.
Até o momento, a SEC havia rejeitado todas as solicitações de aprovação de ETFs de Bitcoin. Contudo, esse cenário mudou no início de 2023, quando a BlackRock submeteu sua proposta.
Desde então, os participantes do mercado aguardavam a aprovação, dada a significativa importância e influência da maior gestora de ativos do mundo. Os ETFs, que representam uma novidade no país, têm o potencial de atrair até US$ 100 bilhões no primeiro ano, de acordo com um relatório do Standard Chartered Bank.
A anticipação pela aprovação dos ETFs representou um dos principais impulsionadores do Bitcoin no ano passado. Ao longo de 12 meses, a criptomoeda registrou um aumento significativo, ultrapassando os 160%. No entanto, imediatamente após o anúncio, o valor do ativo digital recuou para US$ 45.500, de acordo com o CoinMarketCap.
Com essa aprovação, uma parte do mercado acredita que o Bitcoin pode atingir a marca de US$ 50 mil ainda em janeiro, buscando renovar sua máxima histórica de US$ 69 mil ao longo do ano. O halving, evento que reduz pela metade a taxa de inflação da criptomoeda, também contribui positivamente para seu cenário. Entretanto, no curto prazo, analistas adotam uma postura mais cautelosa, apontando a possibilidade de realização de lucros assim que o nível de US$ 50 mil for alcançado.
O presidente da SEC, Gary Gensler, declarou em um comunicado que, mesmo que a agência tenha aprovado os ETFs, isso não significa um “endosso” a Bitcoin. Ele ressaltou que os investidores devem manter a cautela diante da diversidade de riscos associados ao Bitcoin e aos produtos financeiros cujo valor está atrelado à criptomoeda.