No último domingo (3), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, revelou que a Toyota irá anunciar um investimento de R$ 11 bilhões no Brasil nos próximos anos, incluindo o lançamento de novos modelos de automóveis. O anúncio oficial está programado para hoje (5) em Sorocaba, no interior de São Paulo, onde a Toyota possui uma fábrica.
De acordo com uma publicação de Alckmin nas redes sociais, a presença da Toyota no Brasil por 66 anos tem desempenhado um papel importante no fortalecimento das cadeias produtivas do Brasil e que o aporte da empresa reflete claramente a confiança da companhia japonesa na economia brasileira.
Alckmin também mencionou os programas Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e Combustível do Futuro. Segundo o vice-presidente, essas iniciativas representam investimentos significativos para a descarbonização da mobilidade no Brasil, contribuindo para tornar a matriz energética do país ainda mais sustentável.
O programa Mover aumenta os critérios de sustentabilidade para a frota automotiva e, por meio de incentivos fiscais, promove o desenvolvimento de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística. Por outro lado, o programa Combustível do Futuro engloba diversas iniciativas destinadas a diminuir as emissões de gases de efeito estufa, incentivando tanto o uso quanto a produção de biocombustíveis no Brasil.
Investimentos de gigantes do automobilismo
No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o presidente global do Grupo Hyundai Motor, Eui-Sun Chung. Durante o encontro, o executivo da empresa sul-coreana anunciou um investimento de US$ 1,1 bilhão no Brasil até 2032, direcionado para tecnologia e hidrogênio verde.
A General Motors também divulgou seu novo aporte na fabricação de veículos no Brasil. A montadora tem três fábricas em São Paulo, localizadas em Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e São José dos Campos, além de duas no Sul do país, em Gravataí (RS) e Joinville (SC). A norte-americana planeja um investimento inicial de R$ 7 bilhões entre 2024 e 2028, marcando o início das comemorações dos 100 anos de presença da empresa no Brasil.
O montante representa uma diminuição de 30% em comparação com os R$ 10 bilhões do ciclo de investimentos anterior. No entanto, segundo o vice-presidente de Políticas Públicas, Comunicações e ESG da GM para a América do Sul, Fabio Rua, esse valor poderá ser ampliado, dependendo das condições de mercado. A montadora também afirmou que objetivo deste ciclo de investimentos é impulsionar a mobilidade sustentável, incluindo a renovação da linha de veículos e o avanço no desenvolvimento de novas tecnologias. O grupo também planeja modernizar as atuais fábricas no país, visando torná-las mais “ágeis e sustentáveis”.
Quanto à BYD, que aposta em um investimento na região Nordeste, está previsto um aporte de R$ 3 bilhões vinculado à construção da nova fábrica da empresa chinesa em Camaçari (BA). A projeção é que esse investimento resulte na criação de mais de 10 mil empregos.
Mais uma que divulgou que irá continuar investindo no Brasil foi a Volkswagen. Com sede em São Bernardo do Campo (SP), a fábrica planeja um aporte total de R$ 9 bilhões até 2028 e está prevista a fabricação de quatro novos modelos no Brasil.