Não é de hoje que o Brasil atravessa crise e somos bombardeados, vez ou outra, com novos indicadores econômicos que preceituam a velha máxima: Brasil, o país do futuro. De fato, poderíamos e podemos ser o país do Futuro, em meio aos recursos naturais, mercado interno que permite escala para qualquer setor produtivo e GENTE. Temos pessoas capazes de nos alçar aos patamares mais elevados do desenvolvimento, seja pela ciência, tecnologia ou pela mentalidade do nosso povo. Para nós uma crise é uma oportunidade, há os que choram e há os que vendem lenços. Mas como fazer para estar no lado favorável da balança e aproveitar o mar de oportunidades que é gerado em cada crise? Disponha de um setor jurídico qualificado.
É evidente que o primeiro passo é estar atento aos movimentos de mercado e entender qual a necessidade e qual a capacidade do seu negócio. Sua empresa precisa de investimento, busca recuperação ou possui capacidade de investir? Para qualquer desses momentos que sua empresa esteja ultrapassando, as melhores oportunidades serão aproveitadas passando por uma boa estratégia jurídica. Seja através de contratos de investimento (investidor-anjo, mútuo conversível, participação, crowdfunding ou emissão de títulos, entre outros), medidas de recuperação econômica (recuperação judicial e extrajudicial) ou adquirindo outras empresas (M&A – Fusões e Aquisições), a superação da crise e identificação das oportunidades demandará um esforço conjunto do empreendedor com seu corpo jurídico.
Histórias como a da Apple, que após “demitir” seu fundador, Steve Jobs, amargou quase uma década de revezes em seus produtos e somente superou a crise trazendo-o de volta, obtendo um investimento da concorrente Microsoft e focando em inovações são corriqueiras no mercado. No caso da empresa da maçã, a visão de seu fundador e o investimento recebido por outra bigtech a tirou da beira da falência e a transformou em uma das maiores empresas do mundo.
Por outro lado, muitas vezes o que uma empresa precisa não é de novos investimentos, mas sim de um fôlego para superar um período difícil e reorganizar suas finanças, como fez a Latam no ano de 2020, pedindo uma espécie de Recuperação Judicial nos Estados Unidos (Chapter-11), concluído pouco mais de dois anos depois e já apresentando números positivos ao final do mesmo ano.
Mas em meio à crise também há empresas voando alto, e essas que costumam aproveitar as melhores oportunidades. Esse foi o caso da Nestlè, que por R$3bi adquiriu a empresa de chocolates Kopenhagen, como parte de sua estratégia para expandir sua presença no segmento de chocolates premium.
Observe que para qualquer estágio experimentado pela sua empresa durante a crise, seu futuro passará por uma estratégia jurídica de qualidade, que permitirá, após a análise e diagnóstico elaborado pela gestão da empresa, trilhar o melhor caminho de forma segura e eficiente. E esse movimento é nacional.
Segundo dados combinados da PwC Consultoria e do Serasa Experian, foram registrados 318 novos requerimentos de Recuperação Judicial e mais de 85 operações de M&A nos meses de janeiro e fevereiro de 2024 no Brasil, sem contar as inúmeras operações de investimentos que não estão sujeitas a registros, o que comprova a participação dos setores jurídicos nas estratégias de retomadas de crise ou de aproveitamento de oportunidades pelas empresas.
Independente do setor e do porte da sua empresa, é crucial dispor de pessoas qualificadas ao seu redor, para que cada um desempenhe o seu papel e possibilite um crescimento sólido do negócio, aproveitando os bons ventos com crescimento, mas principalmente possibilitando a superação dos maus ventos com medidas modernas, eficientes e de efeitos duradouros.
Artigo por Marcos Ferraz, advogado, especialista em direito empresarial, sócio do escritório Ferraz Santos Advogados Associados e aficcionado por empreendedorismo.