O dólar à vista fechou em alta ante o real pela quinta sessão consecutiva nesta sexta-feira, 30, ainda que duas intervenções do Banco Central no mercado, por meio de leilões de moeda, tenham diminuído a pressão, em um dia marcado pelos receios com o equilíbrio fiscal no Brasil e pelo avanço da moeda norte-americana também no exterior.
O dólar à vista fechou em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,6363. A moeda avançou em todos os dias desta semana, acumulando avanço de 2,86% no período. Em agosto, porém, a divisa ainda contabilizou baixa de 0,34%.
Às 17h36, na B3 o contrato de dólar futuro para outubro — que nesta sexta se tornou o mais líquido — caía 0,37%, a 5,6280 reais na venda.
O Ibovespa fechou com uma variação negativa marginal nesta sexta-feira, em sessão marcada por ajustes, após renovar máximas históricas nos últimos pregões, mas ainda acumulou em agosto o melhor desempenho mensal do ano.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,03%, a 136.004,01 pontos, tendo marcado 136.138,94 pontos na máxima e 134.910,48 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 45,56 bilhões de reais. Na semana, acumulou uma variação positiva 0,29%.
O dia do Ibovespa
O rali no mês, que fez o Ibovespa ultrapassar os 137 mil pontos pela primeira vez, foi estimulado principalmente por perspectivas crescentes de que o Federal Reserve começará a reduzir os juros em setembro.
A consolidação dessas apostas fomentou uma entrada líquida de estrangeiros na bolsa paulista de 9,66 bilhões de reais em agosto até o dia 28, fortalecendo o Ibovespa, que subiu 6,54% em no mês, o melhor desempenho mensal desde novembro de 2023.
Para o UBS Wealth Management no Brasil, a mudança a favor de ativos de risco em agosto confirma a tese de que “a conclusão do ciclo monetário nos EUA será crucial como uma faísca para desbloquear ganhos potenciais” desses ativos globalmente”.
O último pregão do mês também foi marcado por ajustes visando o rebalanceamento do Ibovespa e o MSCI Global Standard – uma das referências globais para investimentos em ações.
No caso do Ibovespa, as mudanças na composição que irá vigorar a partir de segunda-feira até o final do ano incluem a entrada de Auren, Caixa Seguridade e Santos Brasil e saída de Dexco.
No MSCI que passa a valer no fechamento desta sexta-feira, as mudanças incluem a entrada de Nubank, XP, Embraer, Stone, PagBank e Inter, e saída de Lojas Renner e Eneva.
Em Wall Street, a sexta-feira terminou sem uma direção única, com agentes financeiros analisando dados de inflação ao consumidor. O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, subiu 1%.