O dólar à vista oscilou em margens estreitas ante o real nesta última quinta-feira, firmando-se em baixa na reta final da sessão, com as cotações acompanhando a queda da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes no exterior.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,57%, cotado a R$ 5,6177. Em setembro, a divisa acumula queda de 0,33%.
Às 17h15, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,85%, a 5,6300 reais na venda.
O Ibovespa também fechou em queda ontem (12), com as blue chips Petrobras e Itaú Unibanco entre as maiores pressões negativas, enquanto os papéis da Vale ofereceram contrapeso, subindo cerca de 1% na esteira da alta do preço do minério de ferro.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,36%, a 134.194,26 pontos, de acordo com dados preliminares, marcando 134.776,87 pontos na máxima e 133.591,04 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava R$ 14,9 bilhões antes dos ajustes finais.
O dólar no dia
Pela manhã o dólar se manteve no território positivo ante o real, mas com ganhos limitados, na ausência de gatilhos para movimentos mais intensos.
Nos EUA, dados do Departamento do Trabalho mostraram que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) aumentou 0,2% em agosto, após ter ficado estável em julho, em número revisado. Economistas consultados pela Reuters previam avanço de 0,1% do índice.
Além disso, o órgão informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 2.000 na semana encerrada em 7 de setembro, para 230.000, em dado com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters previam exatamente 230.000 pedidos para a última semana.
Os números dos EUA mantiveram a perspectiva de que o Federal Reserve cortará os juros em 25 pontos-base na próxima semana, e não em 50 pontos-base, o que dava suporte aos rendimentos dos Treasuries. No entanto, o dólar cedia ante a maior parte das demais divisas, o que acabou conduzindo as cotações para o território negativo também no Brasil.
Operador ouvido pela Reuters chamou a atenção para a liquidez reduzida no mercado de câmbio brasileiro nesta quinta-feira, o que acabou favorecendo a renovação de mínimas do dólar ante o real na reta final dos negócios.
Após marcar a máxima de 5,6775 reais (+0,49%) às 11h55, o dólar à vista atingiu a mínima de 5,6152 reais (-0,61%) às 16h50, já perto do fechamento. Neste horário, no mercado futuro a negociação do dólar para outubro — atualmente o primeiro vencimento e o mais líquido — somava 172 mil contratos, montante abaixo da média para o horário.
No exterior, o dólar seguia em baixa ante a maior parte das divisas no fim da tarde. Um dos destaques era queda da moeda norte-americana ante o euro, com a moeda única sendo impulsionada por indicações de autoridades de que o Banco Central Europeu (BCE) não deve cortar juros novamente em outubro.
Às 17h13 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, entre elas o euro — caía 0,51%, a 101,260.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.