As operações do Pix de pessoas para empresas cresceram quase seis vezes nos últimos três anos, apontam dados do Banco Central. Em dezembro de 2020, transações P2B representavam 6% do total de operações, enquanto transações entre pessoas físicas (P2P) respondiam por 85%. Em setembro deste ano, as transações entre pessoas e empresas já somam 34%, enquanto a fatia P2P caiu para 56%.
“O crescimento é resultado da maior aceitação do Pix no varejo e em serviços públicos que, devido à necessidade de adaptação de sistemas, levaram mais tempo para aderir à ferramenta”, diz Cristiano Maschio, presidente da fintech de pagamentos Qesh. A estrutura de custos potencialmente mais baixa em comparação com outros meios de pagamento é outro atrativo aos lojistas. “Em muitos casos, a operação via Pix apresenta custos menores do que taxas associadas às transações de cartão de débito e crédito, que chegam a 5%”, afirma.
O Pix Automático, com lançamento previsto para o segundo semestre de 2024, deve impulsionar ainda mais esse mercado. “Será possível realizar pagamentos recorrentes de forma automatizada, mediante autorização prévia. A funcionalidade será útil para débito de assinaturas e contas de água e energia, por exemplo, proporcionando mais conveniência para usuários e concessionárias”, completa.
No início do mês, um novo recorde de transações diárias do Pix foi registrado. No dia 6 de outubro foram realizadas 163 milhões de operações de transferências e pagamentos em tempo real. Esse resultado supera o recorde anterior, registrado em 6 de setembro, com 152,7 milhões de transações.
Fonte: VEJA Mercado