Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostraram que a produção de petróleo e gás no Brasil atingiu um recorde mensal em julho, totalizando 8 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Segundo estatísticas da ANP, a produção de petróleo aumentou 18,6%, chegando a 3,51 milhões de barris por dia, e a produção de gás natural aumentou 13,6%, para 15,08 milhões de metros cúbicos diários.
Anteriormente, a organização global de investigação e consultoria Wood Mackenzie previu que a produção de petróleo pelas empresas petrolíferas privadas brasileiras aumentaria 75% até 2030, de 1,221 mil milhões de barris por dia para 2,123 mil milhões MMboe/d. WoodMac disse que petrolíferas internacionais como Shell, Equinor ASA, TotalEnergies SE, Repsol Sinopec Brasil SA e Petrogal seriam os principais produtores devido à sua colaboração com a petrolífera federal Petrobras nas áreas do pré-sal e campos em desenvolvimento.
A Petrobras tem produção prevista para aumentar 61%, de 2,15 MMboe/d este ano para 3,46 MMboe/d em 2030. No ano passado, a empresa anunciou que aumentará os investimentos entre 2023 e 2027 para US$ 78 bilhões, 15% a mais que os gastos projetados da empresa para 2022 a 2026. Dos US$ 78 bilhões planejados para investimentos, 83% ou US$64 bilhões são destinados a atividades de E&P, enquanto 67% do orçamento de investimentos de E&P irá para atividades do pré-sal.
A empresa também pretende aumentar os gastos na redução das emissões de carbono para cerca de 6%, ao invés 4% planejados previamente, e duplicará o seu fundo de remoção de carbono dos atuais US$248 milhões.
O CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou estas metas, mas disse que a empresa se prepara para apresentar uma atualização em seu plano de negócios no próximo mês, incluindo um foco maior em energias renováveis. Prates ainda disse que os investidores não devem esperar pagamentos generosos como no ano passado, uma vez que a política de dividendos da empresa poderia ser ajustada para reflectir o facto de ser uma empresa que investe no futuro. O CEO revelou que a Petrobras também continuará a se concentrar em seus pontos fortes na exploração de petróleo offshore, particularmente nos campos do pré-sal no Brasil, mas “isso mudará gradualmente”.