A Nestlé adquiriu a Kopenhagen por cerca de R$4,5 bilhões. O negócio também envolve a empresa brasileira Brasil Cacau, integrante do mesmo grupo. O acordo está previsto para ser assinado entre as partes até sexta-feira (08/09).
A gestora de private equity Advent, que assumiu o controle da Kopenhagen em 2020, utilizou a estratégia de venda direta, em vez de oferta pública inicial (IPOs), à medida que os mercados de capitais do Brasil continuam incertos. Durante o processo, a Goldman Sachs assessorou a Kopenhagen e a UBS BB foi a assessoria da Nestlé.
Quando Advent comprou a Kopenhagen, faturava R$450 milhões e constava um EBITDA de R$120 milhões. Atualmente, a empresa acumula mais de R$200 milhões em EBITDA, quase o dobro do valor de quando adquiriu a marca. EBITDA são, do inglês, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – um indicador financeiro para avaliar empresas listadas no mercado de bolsa de valores.
A aquisição coloca a Nestlé no controle de mais de 800 lojas da Kopenhagen e da Brasil Cacau. Além disso, a empresa anunciou planos de investir R$2,7 bilhões no Brasil até 2026 para expandir suas fábricas de chocolates e biscoitos.
As negociações, supostamente, começaram a correr no início de agosto, o que pode significar um plano maior da Nestlé, já que segue da aquisição da Garoto, na qual a empresa suíça tentava a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para adicioná-la em seu portfólio há anos e foi autorizada em junho. Com esta aquisição, a fusão da Nestlé e da Garoto, a suíça possui cerca de 60% do mercado nacional de chocolates. Para resolver o conflito, a Nestlé concordou em não comprar empresas de chocolate que representem mais de 5% do mercado nacional durante os próximos cinco anos.